Entre o temor e a dureza

“Como é feliz o homem constante no temor do Senhor! Mas quem endurece o coração cairá na desgraça.” (Provérbios 28.14)

A felicidade neste mundo não é um assunto simples. Vai além de apenas sabemos o que é certo e desejarmos o melhor. Somos parte de um contexto complexo, com muitas variáveis. Não temos o controle sobre tudo. Nosso desafio é manter o controle sobre nós mesmos, é fazer as escolhas certas e reagir da melhor forma, fazendo sempre o melhor, mesmo diante do pior. Sabemos que não é fácil. Por isso o verso de hoje é tão importante para nossa felicidade. Ele fala que vivemos entre o temor e a dureza e, se queremos ser felizes, devemos escolher o temor em lugar da dureza.

Primeiramente, é importante distinguirmos entre “temor” e “medo”. Imagine-se dirigindo numa estrada e então você vê um grupo de policiais que fazem sinal para que estacione. Você obedece. Por que? Por temor. Você reconhece a autoridade do policial. Vamos mudar a cena: você está entrando em seu carro e um homem lhe aponta uma arma e manda que entregue as chaves e seus pertences. Você obedece. Por que? Por medo. Medo resulta de ameaça, de risco. Temor é o reconhecimento de uma autoridade, medo é sentir-se intimidado. Deus não nos ameaça, Ele nos ama e nos chama para perto de Si. Temer a Deus é reconhecer o Seu lugar em nossa vida. O salmista está dizendo: é muito feliz a pessoa que diariamente reconhece o lugar de Deus!

E a dureza de coração? Bem, ela é exatamente a ausência de temor a Deus. Sem que Deus esteja no lugar que deve estar em nossa vida, alguém ou alguma coisa estará. O primeiro lugar da vida nunca fica vazio! Muitas vezes seremos nós mesmos a ocupá-lo. Mas qualquer pessoa, mesmo nós, ou qualquer coisa que ocupe o lugar de Deus, que deve ser o primeiro em nossa vida, produz o endurecimento do nosso coração. Ter o coração duro significa ser míope para a vida, ter falta de sabedoria. Nessas condições a felicidade não será verdadeira, não durará. Hoje, e sempre, em lugar de dureza, escolha o temor. Feliz (e como é feliz!) a pessoa constante, perseverante, no temor do Senhor.

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