Entre dois mundos

“Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.” (Romanos 8.26-27)

A oração é uma experiência prática de conexão entre dois mundo distintos: o humano e o divino. Ela é um campo preparado por Deus para o exercício da cidadania eterna, até que cheguem definitivamente à Sua presença.É um campo imenso e sutil. Em qualquer lugar ele pode ser pisado, ele aceita rápidas visitas e jornadas demoradas. Ambas são necessárias. Não há razão que justifique abrir mão de pequenas orações e há muitas razões para orações que nos afastem de tudo para a elas nos dedicarmos.

O Espírito de Deus toma parte nessa experiência. Ele é o nosso Ajudador, Ele nos complementa e o faz com o melhor que tem. Isso impressiona! Ele toma nossa causa e faz uma sustentação oral de nossas necessidades com gemidos inexprimíveis. Ele é a interseção perfeita entre os dois mundos. Ele torna perfeitas nossas orações imperfeitas (e todas são). Ele as harmoniza com a vontade de Deus. Por que oramos tão pouco?!

Devemos falar mais com Deus. Falar com nossa voz, do nosso jeito. Devemos confessar nossos pecados e apresentar nossos pedidos. Devemos falar de nosso desânimo, falta de fé e dúvidas. Devemos pisar esse lugar misterioso entre os dois mundos. Devemos faze-lo fortuitamente, em momentos rápidos e em meio à agitação do dia. E devemos faze-lo em dedicação exclusiva e solene, em lugar reservado e especial. Quanto mais formos lá, mais perceberemos que Deus está por aqui, bem ao lado, próximo o bastante para que andemos seguros e andemos direito.

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