Encontros de Jesus: Levi, o publicano

“Passando por ali, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: ‘Siga-me’. Levi levantou-se e o seguiu.” (Marcos 2.14)

Este encontro de Jesus sempre me intrigou. Levi é o coletor de impostos chamado Mateus, seu nome de nascimento. Mateus escreveu o primeiro Evangelho. O nome Mateus significa “dom de Javé”. Marcos o chama de Levi, que é o nome que identifica seu ministério apostólico. Assim como Simão é apelidado de Pedro, Mateus recebe o codinome Levi, que significa “ligado, unido”. Este encontro sempre me intrigou pela aparente impulsividade. A narrativa é muito direta: Jesus diz “siga-me” e Levi o seguiu. Seguir a Jesus mudou completamente a vida de Mateus, além de seu nome. Ele abandonou o seu trabalho na coletoria e foi viver como discípulo, uma vida simples e, de certa forma, incerta, falando humanamente. Em lugar de cobrar impostos, passou ofertar o Reino de Deus por meio do Evangelho de Cristo.

Seguir a Jesus sempre muda muitas coisas na vida de quem o segue. As mudanças são primordialmente interiores, mas é impossível que não haja reflexos exteriores. Para seguir a Jesus nem todos precisarão deixar sua ocupação por outra. Na verdade, bem poucos precisarão fazer isso. Mas todos acabarão revendo prioridades e valores. Seguir a Jesus nos levará a ter um novo coração, uma nova visão de nós mesmos, do nosso próximo e da própria vida. Seguir a Jesus mudará nossa relação com a vida e também com a morte. Seguir a Jesus nos mudará tão profundamente que Paulo disse que nos tornaremos uma nova pessoa (2 Co 5.17). A expressão que ele usa é “nova criação”. Se já somos seguidores de Jesus então estamos nessa jornada de transformação.

A vida cristã é exatamente isso: seguir a Jesus. É estar com Ele e ser constrangido por Seu amor e graça. Ser constrangido é ser tomado por uma admiração cheia de gratidão. O que Cristo fez por nós é constrangedor. Ser constrangido é jamais duvidar do quanto somos amados e extasiar-se diante da imensa graça que inclui, sem deixar ninguém de fora. Se temos alguma noção do que Cristo fez, jamais temeremos em confessar pecados. Constrangidos, nosso pecado doerá em nós e teremos um pouco mais de clareza sobre a grandiosidade do perdão. Diariamente Jesus nos dirá: siga-me! Nas prioridades, na maneira de tratar o irmão, o necessitado e em tudo mais que envolve nossa vida. Estamos realmente seguindo Jesus? O seguimos ontem? Onde nos desviamos? Senhor perdoa-nos. Um dia dissemos sim ao seu convite. Sejamos gratos, Ele jamais nos deixará para trás!

 

ucs

 

 

 

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