Em Teixeira de Freitas, nos dias 25 a 30 de julho, a convite do Instituto de Cultura, Educação e Desenvolvimento (ICED), para participar do 9º Encontro de Cordas, esteve presente o músico e autor Beetholven Cunha.
Bastou um olhar mais atento e a sensibilidade artística de Betholven para que Teixeira de Freitas recebesse uma homenagem com a música ‘Xanana’. Mas teve muito mais. Durante a madrugada de quinta-feira, 28 de julho, a chuva que caiu em solo teixeirense inspirou a criação de ‘Orvalho’, que foi apresentada horas depois no palco do festival. E, o trabalho desenvolvido pelo Maestro Orley Silva rendeu mais uma composição, desta vez, em homenagem do grande maestro de Teixeira de Freitas.
Beetholven
Beetholven Rodrigues da Cunha nasceu no carnaval de 1978 entre os sons dos cavalos marinhos, maracatus, orquestras de frevo, papangus, catirinas, laursas e caboclinhos na cidade de Goiana, estado de Pernambuco. Filho de uma família musical (a prova está em seu nome), desde muito cedo teve contato com o erudito e o popular e aos 9 anos já fazia suas composições.
“Minha música tem a influência Armorial muito forte, mas como um amigo colocou, não é mais armorial, é uma combinação de elementos de minhas vivências, e pesquisas, com o lirismo pessoal de minha índole composicional, tudo isso, diluído num grande caldeirão sonoro”, conceitua Beetholven Cunha.
Xanana
Assim que pisou em Teixeira de Freitas, a simplicidade das flores brancas, comuns em calçadas e meios-fios, despertou no nosso autor o afã de criar a música que homenageia a cidade.
Ele mesmo explicou que a graça singela das flores, junto a sua função terapêutica o fascinaram, tanto quanto as ‘Xananas’ da sua cidade natal faziam. Desta mistura de memória afetiva, beleza, simplicidade e simbolismo curativo, nasceu a obra. Sua apresentação inédita aconteceu em solo teixeirense, durante a noite de encerramento do 9º Encontro de Cordas do ICED.
Orvalho
Antes da apresentação inédita de ‘Xanana’, outra estreia musical. Na quarta-feira (27) o público pode conhecer a envolvente ‘Orvalho’. A música nasceu de uma insônia de Beetholven, provocada pelos ruídos da chuva que caiu em solo teixeirense. O cenário final, com chão e gramado cobertos por gotas de chuva e orvalho, resultou na obra. Numa equação tão simples, quanto o músico faz parecer que é o processo de compor.
Sons número 12
‘Sons número 12’ é uma peça que se originou, literalmente, nos bastidores do Encontro de Cordas. Ao observar o vai e vem do maestro Orley e sua equipe e toda a energia empregada para que tudo acontecesse com primor, Beetholven mais uma vez colocou seu ímpeto criativo para funcionar. A música é uma homenagem ao Encontro de Cordas e mais precisamente ao Maestro Orley. Tecnicamente, a peça é uma combinação de elementos da música medieval, com fragmentos dos ensaios dos alunos.
“Durante todo o período eu estive aqui, vi que Orley e equipe correram incansavelmente para que tudo acontecesse. Cada detalhe foi observado. Aprendi muito com essa vivência”, concluiu o compositor.
O Encontro de Cordas é uma realização do ICED (Instituto Cultural de Educação e Desenvolvimento). O projeto tem o apoio financeiro conforme Lei nº 9.431/2005.