Completar 0 tanque do automóvel com gasolina na região Nordeste tem sido mais caro do que em outras localidades do Brasil. Para encher o reservatório do veículo o consumo, em média, é de 11% da renda das famílias no terceiro trimestre. O percentual é superior à média de 6,6% em outras regiões do país.
Os dados foram divulgado pelo Veloe, e integram o indicador de poder de compra de combustíveis, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em dados da PNAD Contínua, do IBGE.
No Maranhão, o tanque cheio representa 12,1% da renda dos moradores da região, seguido por Alagoas (11,9%) e Bahia (11,4%). Os três estados lideram o ranking de maiores percentuais de comprometimento da renda domiciliar com combustível. Os menores registros estão no Distrito Federal (3,5%), São Paulo (4,9%), Santa Catarina (5,4%) e Rio de Janeiro (5,5%).
“Nosso indicador reflete as desigualdades socioeconômicas existentes entre as regiões brasileiras, tanto no que se refere aos preços cobrados nos postos quanto com respeito à renda domiciliar mensal, que é o quanto as famílias recebem em termos de rendimento do trabalho para aquisição de bens e serviços”, afirma Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe.
Desde 2018, a média nacional de consumo da renda do trabalhador com o combustível varia em torno de 6%. Os únicos pontos fora desse patamar foram registrados no terceiro trimestre de 2017 (5,7%) e no terceiro trimestre de 2021 (8,1%).
Fonte: Bahia.ba