Empresas vão contratar 34 mil profissionais de TI ainda este ano

Cristiane Lima, analista de sistemas: “O mercado está aquecido com as novas tecnologias”Iphones, tablets, redes sociais. A gente pode até não se dar conta no dia a dia, mas, por trás de cada um desses novos utilitários da vida moderna, existe o trabalho de profissionais cada vez mais requisitados no mercado: os da tecnologia da informação e comunicação (TI). São pessoas com formação em cursos como análise de sistemas, ciência da computação, sistemas para internet, engenharia de software e webdesign, dentre outros.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a perspectiva é contratar 34 mil profissionais em 2011. Mas projeções do Observatório Softex apontam, já para este ano, um déficit de quase 92 mil profissionais no mercado. Mantendo-se o quadro de demanda atual, o número poderá chegar a 200 mil em 2013.

“Qualquer atividade hoje exige o uso de tecnologias, seja para o celular ou para uma operação bancária. Precisamos de mais profissionais para dar soluções e suporte”, avalia o diretor de Recursos Humanos e Tecnologia da Brasscom, Sérgio Sgobbi.

Ainda segundo ele, a realidade nacional também se aplica nos estados do Nordeste. “Basicamente 70% da mão de obra de TI está concentrada no Sudeste. A disputa por profissionais é canibal, e então o salário se eleva. Muitas empresas estão migrando para onde a competição não é tão acirrada para elevar a competitividade”, complementa.

Bahia
Justamente para pôr em prática a estratégia de regionalização, a CPM Braxis – uma das maiores empresas brasileiras de serviços de TI – pretende contratar mais 150 pessoas na Bahia ainda este ano. Outras 70 já foram efetivas no 1º trimestre de 2011. Os principais cargos são de programadores e analistas de sistemas, além de técnicos de suporte. Para os profissionais de nível superior, os salários variam de $ 1,5 mil a R$ 3 mil, enquanto os de nível técnico ficam entre R$ 800 e R$ 1,2 mil. “O mercado de TI cresce o dobro do Produto Interno Bruto, e no Nordeste essa proporção é ainda maior. Em 2010, faturamos R$ 1 bilhão e não conseguiremos alcançar a meta de R$ 2 bilhões em 2013 só com a receita de São Paulo. Precisamos crescer em regiões onde há mão de obra e potencialidade de clientes”, avalia o vice-presidente de vendas CPM Braxis, Paulo Macedo.

Diretora de negócios da Stefanini IT Solutions, Patrícia Dantas, também atesta a dificuldade em encontrar profissionais qualificados na Bahia. “Temos uma previsão de crescimento entre 15% a 20% no Estado nos próximos dois anos por conta da diversificação dos serviços que serão oferecidos”.

São vagas para engenheiros de software, webdesigners, analistas e desenvolvedores de sistemas, com salários que podem chegar a R$ 5 mil.

Contratada pela Stefanini desde 2008, a analista de sistemas Cristiane Lima, 33, comprova o crescimento do mercado. “Desde que me formei, em 2007, foi saindo de uma empresa e entrando logo em outra. O mercado está aquecido com as novas tecnologias que estão surgindo”, afirma ela, que conseguiu aumentar o salário em 140% desde a formatura.


Fonte: Vanessa Alonso / A Tarde

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