Empresas privadas se uniram ao Governo Federal no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Nesta segunda-feira (23), 20 empresas assinaram, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, uma declaração que prevê ações de proteção às crianças.
A iniciativa é da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República em parceria com a Petrobras, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Pelo documento, as empresas se comprometem a elaborar, em 60 dias, um plano de ações concretas de promoção dos direitos humanos nas cadeias produtivas, incentivo ao trabalho dos conselhos tutelares municipais e as denúncias através do disque 100.
A ministra Márcia Lopes, o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneghelli, o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouveia, e a presidente do Conselho Diretor da Fundação Xuxa Meneguel, Maria da Graça Xuxa Meneguel. Empresários dão abraço de proteção contra a exploração sexual de crianças e adolescentes
O Brasil tem adotado medidas importantes para diminuir o problema, mas uma pesquisa do Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes detectou uma rota de exploração sexual nas cinco regiões do país, onde 56% das vítimas têm idade entre 15 e 25 anos e 46% são adolescentes.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, participou do evento nesta segunda-feira ao lado do ministro chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. Márcia Lopes disse que é preciso uma mudança de postura da sociedade. É uma questão de mudança de cultura e de consciência. É não achar que o abuso e a exploração sexual, o assédio e o turismo sexual são atividades que fazem parte da sociedade. Absolutamente, nós não podemos permitir isso. Isso é inadmissível numa sociedade moderna.
Márcia Lopes destacou a responsabilidade assumida pelos empresários e disse que é preciso mobilização de todos para proteger as crianças e adolescentes escola, conselho tutelar, conselho municipal dos direitos da criança e do adolescente, igrejas e sindicatos devem estar unidos para divulgar, promover campanhas e estimular a denúncia.
A ministra disse ainda que ninguém precisa ter medo ou vergonha de denunciar o abuso e a exploração sexual. Quando há denuncia, há responsabilidade pública de tomar iniciativa.
As denúncias de exploração sexual contra crianças e adolescentes podem ser feitas, gratuitamente, pelo Disque 100. Não é preciso identificação para fazer a denúncia.
Também participaram do evento, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouveia, e do Conselho Diretor da Fundação Xuxa Meneguel, Maria da Graça Xuxa Meneguel, além de empresários de diferentes atividades.
Fonte: Ascom/MDS