Uma empresa de biotecnologia dos Estados Unidos começou a testar uma vacina contra o coronavírus em pessoas na Austrália na terça-feira (25), com esperança de conseguir obter uma comprovação ainda neste ano.
Seis pessoas já foram testadas. A Novavax fará o teste em 131 voluntários na primeira fase, testando a segurança da vacina e procurando sinais de sua eficácia, disse o chefe da pesquisa, Dr. Gregory Glenn.
Os resultados desta primeira fase, feita em Melbourne e Brisbane, serão conhecidos em julho. A segunda fase contará com candidatos de vários países.
Testes em animais sugeriram que a vacina é eficaz em doses baixas. A Novavax poderia fabricar pelo menos 100 milhões de doses neste ano e mais 1,5 bilhão em 2021, ainda segundo Gregory Glenn.
A fabricação da vacina, chamada NVX-CoV2373, estava sendo ampliada desde março com US$ 388 milhões investidos pela Coalition, da Noruega, para inovações em preparação para epidemias.
Cerca de uma dúzia de vacinas experimentais contra o coronavírus estão em fase de testes ou prontas para começá-los em países como China, Estados Unidos e também na Europa. Por enquanto, ainda não há está claro se alguma empresa ou instituição já se aproxima de algo seguro e efetivo, mas os trabalhos de diferentes formas e tecnologias aumentam as chances de que pelo menos uma abordagem tenha sucesso.
O método testado pela Novavax se chama “vacina recombinante”. A empresa usou engenharia genética para cultivar réplicas inofensivas da proteína que o novo coronavírus usa para entrar nas células do corpo em meio a células de insetos, em laboratório. Os cientistas extraíram, purificaram a proteína e a embalaram em nanopartículas do tamanho do vírus.
“A forma como fabricamos essa vacina é sem mexer com o vírus em si”, informou a emprea à Associated Press no mês passado. Ainda assim, “parece o vírus para o sistema imunológico”.
Trata-se do mesmo processo que a Novavax usou para criar uma vacina contra a gripe com nanopartículas, que passou recentemente nos testes de estágio avançado.
Fonte: G1