Embaixadores da vida

“Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus.” (2 Coríntios 5.20)

Pedro afirmou que fomos eleitos para manifestar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Paulo também usa a mesma imagem e diz que somos embaixadores de Cristo.

A ideia de Paulo é que, como representantes do Reino de Deus, podemos fazer aos outros o convite, o chamado insistente (essa é a ideia), para que se reconciliem com Deus. O Evangelho é loucura e escândalo, pois ele anuncia um Deus Soberano e Todo Poderoso que, insistentemente, procura seus inimigos para fazer as pazes. Sendo que seus inimigos são frágeis e pequenos, e não teriam contra Ele nenhuma chance.

Somos, portanto, representantes do Deus que ama pecadores. Deixe-me repetir: somos representantes do Deus que ama pecadores. E nós mesmos somos pecadores e somos o exemplo da verdade de que Deus ama pecadores.

Insistimos em acrescentar que “Deus ama, mas o pecador precisa se arrepender”; ou que “Que Deus ama, desde que o pecador abandone seus pecados”; ou ainda “Que Deus ama, se a pessoa se submeter aos critérios dele.”
Deixe-me dizer: não devemos nos ocupar dessas cláusulas. O problema de nos ocuparmos dessas cláusulas é a ideia de que possamos julgar a condição de pecado na vida do outro. Jamais poderíamos.

Em alguns aspectos podemos até perceber o pecado e podemos chamar o outro ao arrependimento, mas numa atitude de amor e serviço. Não deveríamos considerar que nos caiba decidir o que é plausível ou não diante do amor e graça de Deus. Embora isso possa soar impróprio, há sinais claros no Evangelho que ensinam isso.

Há pecados que nos arrepiam. Há outros para os quais somos cegos. Achamos que alguns são graves, enquanto a outros não damos muita atenção. O adultério é grave, o orgulho que todos temos é apenas um detalhe ruim em nosso caráter.
Reflita: será que Deus é guiado pelas mesmas perspectivas?

Devemos ter em mente que somos os mensageiros da graça e não os porteiros do Reino. Um pecador mergulhado no amor de Deus, na graça de Cristo e na comunhão do Espírito estará sob os cuidados necessários para que seja santificado. Sim, podemos nos ajudar nisso, mas não devemos nos julgar.

Não precisamos orar para convidar um pecador à reconciliação, mas devemos orar muito, refletir e avaliar antes de considerar que um pecador não teria ou não tem mais direito à comunhão.

Que nossa voz e esforços sejam afirmação do convite à reconciliação e não a uma declaração de rejeição a pecadores. Somos embaixadores da vida que vem de Deus, por meio de Cristo, e que se dirige aos mortos, entre os quais estávamos nós.

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