Foi junto com o nascer do sol que na última quinta-feira, 24, trinta e cinco ovos de tartarugas marinhas eclodiram nas areias da praia de Mucuri. “Elas irão manter o ciclo da vida nos Oceanos”, comemorou a bióloga e secretária Municipal de Meio Ambiente, Ivanete Luiz de Assis.
A equipe da Secretaria de Meio Ambiente identificou o ninho cerca de 45 dias antes da eclosão. Imediatamente os técnicos sinalizaram a área, criando um cercado protetor e passaram a acompanhar o desenvolvimento dos filhotes. “A preservação da natureza é indispensável. Estamos muito felizes com esse acontecimento”, celebrou o prefeito, Dr. Carlos Simões.
A secretária explicou que logo depois da postura, a mãe volta para o mar. É o calor da areia que desenvolve os embriões no interior dos ovos. Geralmente, as fêmeas escolhem praias mais desertas para fazerem o ninho. A única possibilidade das fêmeas para proteger os filhotes é a camuflagem do ninho.
Os filhotes rompem as cascas depois de um período de incubação que varia de 45 a 60 dias. Então, saem juntos. De forma sincronizada retiram a areia até atingirem a superfície e correm imediatamente para o mar, guiados pela luminosidade da água. As tartaruguinhas já nascem independentes, medindo entre 3,5cm e 4cm de comprimento de casco.
Vulneráveis ao nascer, as tartarugas tornam-se fortes na idade adulta, conforme explica a secretária e bióloga: “A estimativa é que para cada mil filhotes, dois se tornem adultos. Só que quando isso acontece, elas sofrem ameaça apenas das orcas, tubarões e dos homens”.