Lucas Moura, CEO da agência Tripé Comunicação, produziu um artigo bastante esclarecedor. Ele diz que um smartphone se tornou uma grande arma nas eleições, o segredo de uma campanha vitoriosa pode estar no bolso ou na mão do eleitor. A corrida eleitoral começou de fato agora no mês de junho, porém com o ritmo mais lento, devido à pandemia da Covid-19 que se alastrou no Brasil. As eleições municipais serão, sem dúvida, históricas e atípicas como jamais vista. O eleitor será digital e intocável. A campanha será digitalizada, cheia de desafios para os candidatos e profissionais de marketing, principalmente para conseguir a mobilização do eleitor. Tirar o eleitor de casa será uma missão de guerra com o país infestado como está.
Aperto de mão e abraços a parte, a data eleitoral está correndo, mas com pouca possibilidade de ocorrer em outubro. Essa decisão para o adiamento está nas mãos do ministro Barroso, novo presidente do TSE. A provável mudança é para novembro ou dezembro deste ano, mas isso não muda o modelo que será implantado nesta campanha eleitoral. O trabalho do marketing político será importantíssimo e, pela primeira vez, será permitido o impulsionamento pago das publicações no Facebook e Instagram na campanha municipal. O corpo a corpo será também Storie a Storie, Zap a Zap, e os comícios se tornarão Livesmícios. O eleitor conseguirá acompanhar a quantidade de presentes em cada evento já que o Youtube, Facebook e Instagram mostram o número da audiência ao vivo.
Os institutos de pesquisas já estão sofrendo muito e os poucos que ainda estão fazendo de forma presencial, são ignorados, dificultando a aplicação e demorando um pouco mais. TV e rádio serão utilizados nas grandes cidades, só que, provavelmente, de forma mais curta e não serão os protagonistas como antes. Serão complementares, diferente das mídias digitais que já estão sendo utilizadas nas pré-campanhas. Os importantes debates deverão ocorrer com dupla transmissão, juntando TV e plataformas digitais, não tirando a importância deles nas eleições. Será uma oportunidade única de também promover as renovações, os dinossauros serão banidos da política. O mundo certamente sairá melhor dessa pandemia.
Por Dilvan Coelho, em 08/06/20