“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher,” Cora Coralina (1889-1985).
Ao se refletir sobre o amanhã da juventude brasileira e, de imediato, no contexto dos filhos existentes ou daqueles que irão compor a futura realidade familiar, se faz indispensável o planejamento educacional na perspectiva dos objetivos a serem alcançados.
Há os que consideram ser a Educação o bem maior, a herança máxima possível de se transferir às gerações do amanhã, mesmo que para tanto se tenha de abdicar de objetivos pessoais outros o que não é difícil de se constar entre os componentes da heterogênea família brasileira, certamente umas das maiores – senão a maior -, do mundo em desigualdade social!
A Educação torna o homem competitivo, socializa-o para as vivências comunitárias, enriquece-o dos saberes das ciências e das tecnologias; aproxima-o das fontes do conhecimento e das informações que lhes permitirão atingir as metas traçadas e, assim, o conduz na caminhada através da qual alcançará o sucesso pretendido.
Não se estuda à toa, cada minuto, cada hora e cada dia têm significados e destinações, basta um pouco refletir a respeito e ajustar à razão os resultados que se deseja alcançar. A soma dos tempos indicará os progressos realizados, as conquistas, os conteúdos das caminhadas e aonde o aprendente pretende chegar levado pelo ensino apreendido, ora representado pelo acervo de saberes que até então, bem ou mal, associou ao seu capital intelectual, além de motivações outras ainda a se definirem.
O gigantismo das dimensões brasileiras, questão sempre apregoada em relação aos seus desafios e potenciais, como nação emergente socioeconômica, faz ressoar o alarme sobre a Educação quando o assunto diz respeito ao planejamento para aonde se pretende ir, na perspectiva da escolha de formação profissional, quer de nível médio ou superior.
Não bastam mais escolas/instituições sem as devidas especificações qualitativas vez que outra dimensão está sendo exigida e direcionada à formação da clientela, agora igualmente voltada para questões do desenvolvimento nacional e, também, aquelas finalísticas do seu existir, na competição futura com seus pares. Em resumo, preparar-se para aonde ir como objetivo último de sua escalada, apoiado na Educação.
Quando o propósito volta-se para o amanhã, a adolescência situa-se como um marco a partir do qual a autorreflexão, o conhecimento próprio, inclusive das habilidades e gosto pessoal, os elementos constitutivos da personalidade, as limitações e pontos fortes, o apoio e a participação equilibrada da família, permitem uma melhor definição das pretensões e desejos futuros de cada um.
É significativo refletir sobre quais as áreas do saber mais atraem a pessoa – e são tantas -, que chamam sua atenção e se identifica, e com as quais (ou qual) melhor pode se comprometer para um futuro profissional! Tudo isto é relevante, e, ao mesmo tempo, de grande importância para o conhecimento da realidade que cerca o mundo profissional, iniciativa importante na escolha do curso e da futura carreira, não apenas para o sucesso pessoal, mas, igualmente, na participação e construção de uma sociedade cada vez mais exigente, qualificada e equilibrada.
Recomenda-se, portanto, singular reflexão aonde se deseja ir!