De acordo com o diretor executivo do Consórcio Público Interfederativo de Saúde do Extremo Sul da Bahia (Consaúde), Juliano Ferreira da Mota, um site local se equivocou ao divulgar dados desencontrados sobre a licitação, gerando desinformação entre os munícipes.
Segundo ele, a empresa mostrada na matéria participou do processo licitatório, mas, não foi a vencedora do certame. O diretor esclarece que para participar da licitação as empresas precisam estar com situação cadastral ativa na Receita Federal, e todas as três empresas que participaram da livre concorrência cumpriam estas exigências.
Para Fabiano, é irracional acreditar que diligências sejam expedidas visando verificar detalhes a respeito de todas as empresas que participam das licitações. Esse tipo de fiscalização mais aprofundada só acontece para a empresa vencedora, visando confirmar se ela possui condições de cumprir o contrato. Como a empresa denunciada pelo site não venceu a concorrência, ela não precisou apresentar documentos adicionais. Mesmo assim, o fato de uma empresa atacadista não ostentar uma fachada não a coloca como fantasma, pois, hoje em dia, o empresário não precisa alugar um ponto comercial exclusivamente para ter um domicílio fiscal. Ele pode optar em registrar um endereço válido que possibilite a formalização do negócio.
Juliano Ferreira Mota acredita que alguém mal-intencionado passou as informações falsas, lesando pessoas idóneas e lançando sombra sobre uma entidade (a Policlínica) que vem executando um serviço que tem minimizado o sofrimento da população, já tão carente de saúde.
“Quem faz isso não tem preocupação com o bem público e nem respeito pelo cidadão. Quem faz isso quer apenas que seus objetivos particulares sejam alcançados. Não gostaríamos de acreditar em ‘denuncismo’, que é uma praga virulenta capaz de minar os esforços em favor da comunidade jogando o povo contra aqueles que por ele luta. É triste chegar à conclusão que a desinformação gerada por um grupo malicioso torne vilões em heróis. O que confrontamos nessa situação – mais uma vez – é a parábola do ‘travesseiro de plumas’ da calúnia se espalhando e destruindo pessoas de bem e favorecendo pessoas totalmente desprovidas de moral”, lamentou Juliano.
Para não haver dúvidas sobre a lisura e transparência com que o processo licitatório foi conduzido, Juliano – além de apresentar os documentos – solicitou uma auditoria.
“Eu solicitei uma auditoria do Estado para fazer esta verificação e todas as Câmaras de Vereadores dos municípios consorciados estão convidadas, através de seus parlamentares, a fazerem esta verificação. Qualquer vereador, que estiver suspeitando, pode vir que estou de portas abertas. Daqui a 60 dias estaremos recebendo o relatório desta auditoria. Eu comprei num preço justo em uma empresa idônea. Estou ansioso para mostrar esse relatório à sociedade. Infelizmente, os transtornos e o estresse sofridos por minha família não poderão ser sanados. Infelizmente, graças a essa publicação irresponsável, vivi dias difíceis com pessoas do meu entorno, que me respeitavam, me olhando de forma desconfiada”, explicou o diretor.
Empresas que participaram da licitação:
Empresa vencedora:
– G. N. Lopes & Cia. LTDA
Empresas participantes:
– Supermercados Casagrande LTDA
– Comércio de Produtos Alimentícios Jussama LTDA (empresa acusada de ser “fantasma”)
Vereador Marcílio, baseado em especulação, pode ser acusado pelo crime de difamação
De acordo o site Foco no Poder, o vereador Marcílio Goulart, dada sua proeminência por ocupar um cargo que exige responsabilidade de fiscalizar, teve postura inadequada ao ao abordar o tema na tribuna da Câmara Municipal. O Blog aponta que o edil teria sido contraditório, pois, primeiro, ele admite o desconhecimento ao tratar o assunto da seguinte forma: “Inclusive eu não sei, nós teremos que verificar”. No decorrer de seu discurso – no entanto – eleva a voz e assume o tom de acusação. O pronunciamento – sem cortes – do vereador pode ser conferido no site (Vídeo aqui) da Câmara Municipal que registrou a reunião ordinária da última quarta-feira (11/07). O discurso de Marcílio começa por volta dos 6 minutos do vídeo.
Ainda nas palavras do Foco no Poder, essa não é a primeira vez que o parlamentar demonstra não ter equilíbrio emocional para estar à frente de um cargo público. Nos bastidores da política o vereador e antigo chefe de gabinete na administração do ex-prefeito João Bosco é conhecido por se deixar levar pelas emoções e se sustentar em conhecimentos superficiais para atingir seus objetivos políticos. Há quem argumente que é da natureza do parlamentar falar primeiro e sofrer as consequências depois. No entanto, há quem afirme que trata-se de jogada política e denuncismo visando atingir objetivos específicos.
Informações: Foco no Poder