A tragédia ocorrida em Mariana deixou 17 vítimas fatais e dois desaparecidos
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu nesta terça-feira (23) o primeiro inquérito do rompimento da barragem de Fundão, de responsabilidade da mineradora Samarco, em novembro de 2015, no município de Mariana, Minas Gerais. Ao todo, sete pessoas foram indiciadas pelos crimes de homicídio qualificado com dolo eventual, inundação e poluição de água potável. A tragédia deixou 17 vítimas fatais e dois desaparecidos.
Foram indiciados o diretor presidente da Samarco, Ricardo Vescovi de Aragão, o diretor de Operações, Kleber Luiz de Mendonça Terra, o gerente geral de Projetos, Germano Silva Lopes, o gerente de Operações, Wagner Milagres Alves, o coordenador de Planejamento e Monitoramento, Wanderson Silvério Silva, a gerente e Geotecnica e Hidreologia, Daviele Rodrigues da Silva, o engenheiro responsável pela declaração de estabilidade da barragem de Fundão, da empresa VogBR, Samuel Santana Paes Lourdes.
De acordo com o delegado Rodrigo Bustamante, que conduz o inquérito, a causa do rompimento foi uma liquefação, que ocorreu junto aos rejeitos arenosos que suportavam os alteamentos (levantamento para aumento da capacidade de armazenamento), realizados na área esquerda da barragem, onde havia sido feito um desvio em formato de “S”, abrangendo toda a extensão do recuo.
Correio