Dilma confirma dez novos integrantes do seu ministério

Dilma confirma dez novos integrantes do seu ministério
Dilma e Lula participaram da cerimônia de posse do novo presidente do TCU (Foto: Agência Brasil)
Dilma e Lula participaram da cerimônia de posse do novo presidente do TCUBrasília – De uma vez só a presidenta eleita, Dilma Rousseff, anunciou nesta quarta-feira, 8, o convite a dez novos integrantes de seu ministério. Entre eles, os cinco apadrinhados pelo PMDB, o do PR, três nomes do PT, sendo duas mulheres, e uma sem filiação partidária, a jornalista Helena Chagas, futura ministra da Comunicação Social de Governo.

São estes os ministros confirmados por Dilma, por intermédio de nota oficial: Maria do Rosário (PT), para a Secretaria de Direitos Humanos, o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), que será ministro das Comunicações, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN)) para o Ministério da Previdência, senador Edison Lobão (PMDB-MA), que retornará ao Ministério de Minas e Energia, deputado Pedro Novais (PMDB-MA), para o Ministério do Turismo, Wagner Rossi (PMDB-SP), que permanecerá à frente da Agricultura, senador Alfredo Nascimento (PR), que voltará ao comando do Ministério dos Transportes, ex-governador Moreira Franco (PMDB-RJ), na chefia da Secretaria de Assuntos Estratégicos e a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que assumirá o Ministério da Pesca.

A decisão da presidente eleita em priorizar as negociações com o PMDB, PT e até mesmo aliados menores na composição de seu ministério abriu uma crise com o PSB. O presidente nacional do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não conseguiu bater o martelo sobre o espaço do partido no futuro governo. Depois de eleger seis governadores e ampliar sua bancada na Câmara de 27 para 34 deputados, os socialistas reivindicam três ministérios no governo Dilma Rousseff.

Campos, que ficou dois dias em Brasília, voltou nesta quarta para Pernambuco sem conseguir se reunir com a presidente eleita para acertar o espaço do PSB na Esplanada. Atualmente, o PSB detém duas pastas: Ciência e Tecnologia e Portos. Nas negociações com a presidente eleita, a cúpula do partido pleiteou um ministério com mais capilaridade. Foi prometida a pasta da Integração Nacional. O nome apresentado foi o do ex-prefeito de Petrolina Fernando Bezerra Coelho.

A secretaria de Portos também deverá continuar nas mãos do PSB. O candidato é o deputado Marcio França (SP). Para acomodar o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, no Senado, a presidente eleita deverá nomear o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) para o ministério. Dutra é suplente de Valadares e assumirá uma cadeira no Senado. “Estou à disposição se eu for convocado para uma função que tenha harmonia com o meu trabalho e eu possa servir ao Nordeste”, afirmou Valadares.

Ele disse que não foi convidado para assumir nenhuma pasta até agora. Mas admitiu que foi sondado para eventualmente comandar o Ministério da Micro e Pequena Empresa, que será criado por Dilma Rousseff. “Não cai bem ir para esse Ministério. A opinião pública pode entender que esse ministério será criado apenas para fazer uma acomodação política”, observou. “Posso ficar esperando outra leva para ser ministro”, disse Valadares.

Além do PSB, o PMDB também sai insatisfeito com as vagas que conquistou. Os peemedebistas alegam que os cinco ministérios que vão comandar a partir de 1º de janeiro são bem menos importantes que os atuais. O PMDB ficou com Minas e Energia, Turismo, Agricultura, Secretaria de Assuntos Estratégicos e Previdência. No Ministério da Defesa continuará o peemedebista Nelson Jobim, que é considerado da cota pessoal de Dilma Rousseff. “O PMDB acabou ficando com o que não queria para ajudar a concluir o processo”, disse o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL).

Senado – A previsão é que, com a ida de Garibaldi para a Previdência, a reeleição do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), seja mais tranquila. Paulo Davim, do PV, assumirá a vaga de Garibaldi. Com isso, a bancada do PMDB cairá de 20 para 19 senadores. “Ele (Paulo) não vai criar problema nenhum no Senado”, garantiu Garibaldi, que se reuniu rapidamente com Dilma na terça, 7, à tarde, para receber o convite.

Segundo ele, a presidente eleita falou da importância da pasta, mas não conversou sobre o valor do novo salário mínimo. A maioria dos benefícios pagos pela Previdência Social é de um salário mínimo. O novo valor do benefício começa a vigorar em 1º de janeiro.

Fonte: Agência Estado

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