De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde é não simplesmente a ausência de doença, mas um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Essa definição remete à importância de se falar de saúde mental nos dias atuais, quando um número elevado e alarmante de doenças mentais tem crescido no Brasil e no mundo.
Nesta quarta-feira, 10, é celebrado o Dia Mundial de Saúde Mental, data estabelecida pela OMS com o objetivo de esclarecer, alertar, debater e transformar os olhares de preconceito com as pessoas que sofrem de algum transtorno mental e outros que estão relacionados ao uso de álcool e outras drogas.
Isolamento social, alterações das atividades cotidianas sem motivo aparente, queda no desempenho profissional e/ou acadêmico e desleixo no autocuidado são alguns sinais de que uma pessoa pode estar com a saúde mental abalada. Em outros casos, as mudanças de comportamento são mais claras e podem ser percebidas por alterações de humor repentinas e intensas, irritabilidade e/ou agitação, abatimento visível provocado pela tristeza e mudança súbita no modo de agir e de se relacionar com as pessoas.
De acordo com a psicóloga Débora Scremin, ter saúde mental de qualidade inclui a capacidade de lidar com as emoções de modo a administrar e protagonizar a própria vida. “É a busca pelo estar bem consigo e com os outros, é identificar suas emoções e saber lidar tanto com as agradáveis quanto com as desagradáveis, é saber o modo e o momento de externalizá-las e reconhecer os limites, inclusive para pedir ajuda quando necessário”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as enfermidades de ordem emocional prejudicam mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Só no Brasil, de acordo com o relatório divulgado em 2017, 18,6 milhões de pessoas foram diagnosticadas com ansiedade e 11,5 milhões com depressão.
A principal dica, segundo a psicóloga, para ter boa saúde mental, é não dar valor desnecessário e desproporcional a algumas situações, afinal, as emoções desagradáveis fazem parte da vida. “É preciso avaliar o ‘custo-benefício’ ao gastar energia psíquica e investir em hábitos que vão potencializar a qualidade de vida mental, como a prática de exercício físico, ter sono de qualidade, alimentação equilibrada e saudável e realizar atividades de lazer e/ou relaxamento”.
Informações: Agência de Notícias do Acre/Unimed