Celebrado anualmente em 21 de março, o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial é uma importante data que reforça a luta contra o preconceito racial em todo o mundo.
Nesta terça-feira, a Prefeitura de Porto Seguro, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, juntamente com a Rede de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa da Costa do Descobrimento e o Instituto Sociocultural Brasil Chama África, realizam momento de debate e reflexão junto às entidades sociais, profissionais liberais e comunidade, à tarde, na Câmara Municipal. A programação contou com palestra “Racismo: a violência silenciosa que nos consome”, ministrada pelo professor Doutor Álamo Pimentel.
A Secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Lívia Bittencourt, foi representada pela superintendente da Promoção da Igualdade Racial, Carmelita Santos; também participou o representante da Comissão da Igualdade – OAB, Evandro de Deus; o superintendente da Juventude, Washington Borges; do Observatório do Racismo em Porto Seguro, Agnaldo Neiva; o poeta e estudante na UFSB, Kauan Almeida, e a presidente do Brasil Chama África, Miriam Silva.
A luta contra a discriminação racial começou a se intensificar no Brasil após a Constituição Federal de 1988, que incluía o crime de racismo como inafiançável e imprescritível.
“Infelizmente, ainda hoje o preconceito e discriminação racial é latente em várias partes do mundo, inclusive no Brasil”, diz a secretária da pasta, Lívia Bittencourt, explicando que quando se fala em “combate a discriminação racial” significa acabar com todos os tipos de intolerâncias relacionadas com a etnia ou cor de pele do indivíduo, seja ele negro, branco, índio, oriental e etc.
Origem: O Dia Internacional contra a Discriminação Racial foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória ao “Massacre de Shaperville”, em 21 de março de 1960. Nesta data, aproximadamente vinte mil pessoas protestavam contra a “lei do passe”, em Joanesburgo, na África do Sul. Esta lei obrigava os negros a andarem com identificações que limitavam os locais por onde poderiam circular dentro da cidade. Tropas militares do Apartheid atacaram os manifestantes e mataram 69 pessoas, além de ferir uma centena de outras.