Devoção cristã

“Eu lhes asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória.” (Marcos 14.9)

De quem Jesus está falando e o que essa pessoa fez? Esta falando de uma mulher anônima (como outras das narrativas dos evangelistas), que comprou um vaso de um perfume caríssimo, o derramou sobre Jesus e foi criticada como tendo praticado algo sem sentido, um desperdício. Mais que criticada, foi repreendida severamente. Desde sempre, neste mundo, há aqueles a quem todos sentem-se no direito de recriminar e aqueles a quem ninguém ousa recriminar, por pior que se comportem. Mas Jesus aprova a atitude e até aproveita para falar um pouco mais de Sua morte. Mas, por tudo que revela e ensina, Sua aprovação estava de fato relacionada ao coração daquela mulher, profundamente movido por devoção.

A devoção é a atitude de quem atribui valor e se dedica a expressa-lo. Ela é a parte visível de aspectos interiores que motivam, reclamam e impelem. Entre eles a gratidão, o amor, o reconhecimento. E são estes aspectos que definem o valor da devoção. Na visão de Jesus aquela mulher expressou uma devoção tão especial que hoje estamos aqui falando dela, como Ele disse que seria. O que ela fez tornou seu caso um caso para a história, pois tocou de forma singular o coração do Dono da história. Ela agiu completamente centrada em Jesus e para Jesus. A devoção cristã nos desafia a isso: agir para Jesus e por causa de Jesus.

Algumas pessoas presenciando a cena acharam um desperdício e tinham outra opinião sobre o que fazer com um perfume tão valioso. Mas aquela mulher o queria derramado sobre Jesus. Quem poderia julgar a adequação da devoção da mulher? Jesus. E Ele a aprovou e a recomendou à história. E vida cristã é uma vida devocional. Nela podemos aprender a nos ofertar a Cristo, de modo aceitável e recomendável, segundo Cristo. Por isso o cristão é um seguir de Cristo, alguém que luta e crê, buscando orientar-se por Cristo. Pois na vida cristã, de nada serve estar em acordo com a consciência dos outros, se em nossa relação com Cristo, não temos convicção de que Ele nos dá o Seu “de acordo”.

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