“Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei.” (Romanos 13.8)
Por causa do que Cristo fez, não temos dívidas para com Deus. Mas o Cristo que nos livrou da dívida impagável com Deus nos fez devedores, uns para com os outros. Alcançados pelo amor de Deus nos tornamos devedores do amor ao nosso próximo. É assim a economia divina.
Hoje, quando a grande maioria de nós se reunirá para participarmos do culto dominical, a ideia não é que estaremos pagando o que devemos a Deus. A nossa reunião não é uma quitação de obrigações para com Deus. Assim como nossas contribuições também não são. Nosso culto é uma forma de sermos inspirados para vivermos nossa fé. Nossas contribuições são expressões de nossa gratidão e de nosso compromisso com o que acreditamos ser útil para a manifestação do Evangelho de Cristo. E se as coisas forem como devem ser, cresceremos na consciência de nossa dívida de amor para com as pessoas.
Cada vez que agimos com amor, com acolhimento, bondade e misericórdia, estamos cumprindo a lei. Estamos correspondendo ao que Deus espera de nós em resposta ao que Ele fez por nós. Imagine quando isso acontece numa situação em que o nosso próximo tenha feito algo contra nós! Tenha nos ferido, tenha praticado o mal contra nós! Aí nossa resposta amorosa de maneira ainda mais especial manifestará o sentido de crermos no Evangelho e honrará a Deus.
Claro isso não é fácil! Não é fácil amar! É mais fácil ler a Bíblia! É mais fácil nos ajoelharmos para orar do que praticar o amor persistentemente para com nosso próximo. Não que ler a Bíblia e orar, seja de joelhos ou em pé, seja algo sem importância. De forma alguma. Devemos ler mais as Escrituras e devemos buscar mais momentos para nos dedicar a oração. Assim como é salutar nos reunirmos em culto, cantarmos canções e participarmos das reflexões bíblicas. Porém, se fizermos tudo isso mas não nos revelarmos pessoas amorosas, há algo errado com nossa vida como cristãos. Se não estivermos crescendo na capacidade de amar, não estaremos crescendo espiritualmente.
É muito comum que façamos de nossa prática religiosa um caminho para nos sentirmos bem, nos sentirmos seguros e podermos contar com as bençãos de Deus. Mas é fundamental que nossa prática religiosa esteja nos transformando em pessoas que amam mais e melhor. Que estejam crescendo na capacidade de retribuir o mal com o bem. De perdoar, não sete, mas setenta vezes sete. Pois esse é o caminho proposto pelo Evangelho.
Hoje é domingo. Não perca a oportunidade de reunir-se com seus irmãos e irmãs. Ore para que o culto em sua igreja seja marcado pela manifestação do Espírito Santo e haja edificação, quebrantamento e salvação de vidas. E cresça na consciência de que deve amar e que, se faltar amor em sua vida, o seu culto será vão. Ainda que haja línguas, milagres, mistérios e profecia. Pois em nossa fé, sem amor, tudo, por mais espetacular que seja, é vão. Por isso lembre-se: jamais você terá amado ao ponto de poder desistir. Pois Deus jamais desiste de nos amar!