“Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles.” (Mateus 25.19)
Não costumamos e nem gostamos muito de ver nas Escrituras os avisos que nos trazem sobre o juízo de Deus. Por exemplo: na parábola dos talentos Jesus diz que o senhor que deu os recursos aos servos voltou depois e cobrou resultados! E, pelos resultados de cada um, separou um servo infiel e cheio de explicações, mas que de nada adiantaram. Podemos não gostar, mas o Evangelho também fala de juízo! Podemos ver como ameaça ou coação, mas não se trata disso. Quando está dirigindo e vê uma placa: “Devagar! Risco de colisão traseira”, você se sente ameaçado? Você pensa em brigar com quem colocou a placa ali porque estaria coagindo ou ameaçando você? Tenho certeza que não. Você entende que é um aviso para que esteja precavido e dirija com o devido cuidado. Sem o aviso poderia sofrer consequências graves! “Quem avisa amigo é!”, costumamos dizer. Por que não olhar as Escrituras e o Evangelho da mesma forma?
Devemos ter valores e por eles avaliar nossas atitudes e o modo como agimos na vida. Afinal, é assim que nos constituímos. Não somos feitos de intenções, mas de ações. Como diz o ditado: “de boas intenções o inferno está cheio”. O que ele está declarando é que, sem boas ações, boas intenções de nada valem! Ninguém emagrece porque gostaria muito de emagrecer! É preciso agir! Não basta achar que algo é certo e importante, é preciso dedicar tempo e ocupar-se daquilo! Ser cristão não é uma questão de ideias, mas de atitudes. É uma questão de como usamos nosso tempo, do que fazemos com nossos recursos. Deus nos pedirá contas e o resultado de nossa vida será nosso relatório. Por conhecer nosso coração, nossos motivos e razões, não haverá espaço para explicações. Ele julgará nossas escolhas. Não se trata de uma ameaça, mas de um chamado a consciência: viva como quem sabe que prestará constas da vida que viveu!
Jesus disse: “A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido” (Lc 12.48). Em tempos de crise, quando multiplicam-se os oportunistas e a ética é jogada no lixo, devemos aproveitar bem cada oportunidade e viver comprometidos em honrar a Deus (Ef 5.16). Na escassez de bons exemplos e diante do vergonhoso exemplo dos líderes de nossa nação, devemos ser bons exemplos no falar e no agir. Trabalhe, mas não faça do trabalho sua vida. Tenha tempo para sua família e os amigos. Em lugar de perder-se numa agenda lotada, gerencie com sabedoria seu tempo, bens e oportunidades. Tenha tempo para orar e ler as Escrituras. Para reunir-se como igreja e servir necessitados. A igreja é importante para a história. Não contribua com o seu enfraquecimento. Já tem gente demais fazendo isso! Não ignore os avisos. Deus nos pedirá contas!