Deus, nós e a vida

“Não confio em meu arco, minha espada não me concede a vitória” (Salmos 44.6)

Este pequeno verso é um resumo muito adequado para a primeira metade desse salmo, que declara Deus como a razão de tudo que aconteceu de bom, de todas as vitórias e realizações. O salmista tem um arco e tem uma espada e certamente sabe como usá-las, mas não atribui a si mesmo as vitórias conquistadas. Ele diz que tudo foi possível porque Deus agiu em seu favor e em favor de sua nação.

O que cabe a mim e o que cabe a Deus nas questões da vida? A despeito da ênfase encontrada neste salmo, as Escrituras pintam um quadro em que Deus e seres humanos estão no palco. Ensinam o ideal dos papéis, divino e humano, como necessários para o melhor da história. A providência divina e a responsabilidade humana são ingredientes indispensáveis ao bem do ser humano e à honra ao nome de Deus. Ele é Soberano, mas nos deu autonomia. Ele faz milagres, mas nós devemos ser responsáveis.

Quanto a nós, diante de Deus e da vida há dois caminhos que nos empobrecem: o da suficiência que nos leva a ignorar Deus e achar que nos bastamos; e o da irresponsabilidade, que nos leva ser negligentes e nada fazer, quando é nossa obrigação agir e não de Deus. O caminho cristão é o da comunhão: Deus, nós e a vida sendo vivida com responsabilidade e fé. Deus jamais deixará de fazer o que Lhe cabe e nós devemos a assumir nossas responsabilidades. A fé cristã não deve ser usada como desculpa para a preguiça, o despreparo ou covardia.

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