Decepção (quase) inevitável

“Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.” (Salmos 46.1)

Lembro-me de conhecer este verso desde minha infância e parece ser o caso de muitas pessoas, pois quando versos são citados de memória, este quase sempre aparece. Creio nele como plenamente verdadeiro. Deus é refúgio e fortaleza, na adversidade sempre se faz presente. Mas, em alguns momentos Deus não me parece nada disso! Não o sinto como meu refúgio, não vejo sinal de Sua força e muito menos de Sua presença. E me parece que outros concordariam comigo.

Até nas Escrituras encontramos pessoas que se sentiram como eu me descrevi. Talvez o próprio escritor do verso de hoje. Ele foi escrito por um coraíta (da família de Coré) que, em outro escreve: “O Senhor nos entregou para sermos devorados” (44.11). Neste, Deus não apenas deixou de ser refúgio, mas aparece como o Deus que abandona. Devido ao que acontece, o salmista desconhece Deus. Também somos assim. E Deus parece não ter medo algum de nos decepcionar.

O cristão deve sempre praticar uma fé pessoal e não uma fé ritual. Uma fé pessoal é uma fé em que aparecemos e nos pronunciamos. Dizemos as coisas lindas que aprendemos sobre Deus e sabemos que são verdade, mas também os absurdos que pensamos sobre Ele. Deus é grande o bastante para jamais caber em nossas suposições e agir de modo não esperado, nos confundindo. Mas é sempre um Deus confiável, refúgio, socorro e auxilio presente. Quando nos parecer que não foi, ainda assim terá sido.

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