Para assistir a estas quatro entrevistas dos candidatos presidenciais, gostaria de estar numa idade em que raciocinar não era o meu forte, pois acredito na frase de Alain Touraine, sociólogo francês, que disse um dia: “Aqueles que pensam que sabem o que vai acontecer no Brasil devem estar muito mal informados.”
Todos venderam um sonho irrealizável, pois tudo o que diziam vinha de um lugar tão completamente fora do futuro. Então, eles inventaram planos com dinheiro para tudo, tiveram muita inspiração. Recusando transparecer minha irritação, estampei no rosto um sorriso, meio comissário de bordo. Cada vez que eu olhava para o relógio até completar os quarenta minutos de cada um, pensava. “É como um truque de mágica horrível em que o tempo de cada um acelerava de forma diretamente proporcional ao nível de estresse. Para mim foi um momento bobo, passageiro, que não significou nada.
Quatro candidatos na busca do convencimento dos eleitores, mas o que realmente eles buscam é o poder, e para isso, o primeiro valor que matam é precisamente a verdade, e seguiram a risca a teoria do “script” que parte do princípio de que todo político segue seu próprio roteiro, ou seja, seu “script”, como um programa inconsciente de vida, e que evolui até se transformar em um padrão de comportamento em todas as relações, e nele existe sempre a enganação e o desejo de poder.