De herói a vilão

“Há um mal terrível que vi debaixo do sol: riquezas acumuladas para infelicidade do seu possuidor.” (Eclesiastes 5.13)

Viver é algo que exige mais do que temos, por nós mesmos! Viver exige a capacidade de discernir, exige sabedoria. Costumamos dizer que o mundo dá muitas voltas, ou seja, não sabemos o que acontecerá e por isso podemos acabar onde começamos ou onde não desejaríamos estar. Existe sempre a possibilidade de uma reviravolta indesejável. Algo que Salomão classificou como “um mal terrível”, quando na história quem deveria ser herói, revela-se vilão.

Na reviravolta a que o sábio se referiu a situação não muda, o que muda é o resultado esperado. É um mal terrível quando lutamos por algo acreditando que ficaremos muito bem ou melhor do que estávamos, e acontece justamente o contrário. Quando acreditamos que determinada coisa seria a solução e ela resulta em problemas maiores. Riquezas podem protagonizar esta tragédia, assim como o poder e o prazer. Os três ícones que tanto atraem em nossa sociedade, que tanto associamos a vida e felicidade.

Deus nos deu vida, mas não deixou a nosso encardo definir como ela daria certo. Ele é o autor da vida e o autor de seu sentido. Precisamos de Sua presença para termos discernimento e escapar do “mal terrível”, de ver o herói tornar-se vilão em nossa história. Para não ganhar dinheiro e nos sentir pobres. Para não possuir bens e perder a família. Para não desfrutar do bom e do melhor e sermos habitados pelo pior. Precisamos de Deus para conhecermos o sentido da vida. Ele é a nossa vida e é com Ele e por Ele que existimos sem arrependimentos. Como escreveu Paulo, “nossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3.3). E Ele nos convida a conhecê-la e desfrutá-la!

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