De dentro para fora

“Não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é meramente exterior e física. Não! Judeu é quem o é interiormente, e circuncisão é a operada no coração, pelo Espírito, e não pela lei escrita. Para estes o louvor não provém dos homens, mas de Deus.” (Romanos 2.28-29)

A vida cristã não é uma questão de aparências. Apesar de ser tão valorizada pela sociedade, diante de Deus a aparência não tem todo esse valor. A vida cristã não é o mesmo que vida religiosa e não se resume a ritos religiosos. Um religioso pode ir ao templo e participar da celebração que lá se faz, estando completamente à vontade e sendo profundo conhecedor de como tudo funciona. Ele pode falar bonitas orações, conhecer a Bíblia e a história da igreja e ser fiel às tradições de sua religião. Mas vida cristã está além de tudo isso.

A vida cristã é fundamentada no amor, perdão e graça. Somos cristãos se nos deixamos alcançar pelo amor de Deus e respondemos a esse amor submetendo-nos a Deus. Se cremos que Deus veio em nossa direção e respondemos indo em Sua direção, apesar de sermos pequenos demais e o “encontrar Deus”, na verdade, seja “ser encontrado por Deus”. Vida cristã envolve nossas escolhas, nossa submissão, nossos propósitos, nosso mundo interior. É lá o verdadeiro encontro com Deus.

A vida cristã não é apenas uma questão interior, pois é impossível que ela não apareça exteriormente. A vida que vem de Deus e nos alimenta por dentro produz palavras, ações, gestos e atitudes. Ela produz frutos. Mas é impossível que palavras, ações, gestos e atitudes produzidas por nossa religiosidade nos torne cristãos. As aparências da vida religiosa jamais transformarão pessoas em discípulos de Cristo. O cristão não é alguém que faz algo para Deus, mas alguém em quem Deus está fazendo algo. Algo de dentro para fora e de valor eterno!

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