Escolha do inimigo
Bolsonaro tem usado as estratégias de guerra até para montar o seu Ministério. Ao escolher Sergio Moro para o superministério, além de mostrar que o item moralidade será a prioridade número um do seu governo, ele quer combater também a violência, o tráfego de drogas e de armas. Além disso, Bolsonaro definiu que seu inimigo é o PT e já escolheu também o campo de batalha. Se o ministro Paulo Guedes conseguir resolver o problema da economia, o Brasil entrará numa era virtuosa e voltará a crescer, mesmo porque os recursos não irão continuar saindo pelo ralo da corrupção, como aconteceu até hoje, principalmente nos governos petistas, em que a corrupção foi institucionalizada. Quando Bolsonaro quebrar o sigilo do BNDES, a Petrobrás será uma gota d’água no mar da corrupção.
O crescimento do PSL
O PT elegeu 57 deputados federais contra 70 em 2014; o PSL, embalado por Bolsonaro, foi de um deputado em 2014 para 51 eleitos agora. A Câmara dos Deputados será composta por 513 deputados federais de 30 partidos diferentes. PT e PSL elegeram o maior número de representantes. A bancada do PT terá 56 deputados e a do PSL, 52. São os dois partidos com mais deputados federais eleitos. Em seguida, com mais cadeiras na Casa, aparecem PP (37), MDB (34) e PSD (34). PMDB foi o que mais perdeu cadeiras: caiu de 66 eleitos em 2014 para 34 em 2018. PSL foi o que mais ganhou cadeiras: foram 52 deputados eleitos agora contra um em 2014. Menos da metade dos deputados conseguiu se reeleger, ou seja, 240 dos 513, e 273 não foram reeleitos. PSDB, que foi a 3ª maior bancada eleita em 2014, caiu para a 9ª.
Destaques nas eleições
O Foco tem feito matérias com aqueles que se destacaram na última eleição em Teixeira. O primeiro destaque foi para o jovem deputado Uldurico Jr., que surpreendeu e conseguiu ser reeleito, o segundo foi o candidato a deputado federal Caio Checon, o mais votado de Teixeira e obteve 13,5 mil votos, o terceiro destaque foi para a candidata a deputada estadual Marta Helena, que foi a mais votada e obteve 13 mil votos. O último a ser destacado foi o vereador e presidente da Câmara, que coordenou a candidatura de Paulo Câmara na região e conseguiu dar a ele uma votação expressiva, chegando a mais de 5 mil votos a um candidato completamente desconhecido da região. Todos os quatro políticos que foram destacados pelo Foco são potenciais candidatos a prefeito de Teixeira na próxima eleição. Ainda que não sejam candidatos, serão atores importantes no pleito. Isso porque a arma do político é o voto.
A dura realidade das urnas
Há muito tempo que ouço a frase de que “coice de urna dói quatro anos seguidos”. Aqueles que não conseguiram se eleger ou mesmo teve um desempenho pífio nas urnas, além de curtir a dor do coice das urnas não querem nem ouvir falar de eleição. As pesquisas, mesmo antes da eleição, já sinalizavam a baixa votação de alguns candidatos. A pior realidade foi do deputado Ronaldo Carletto, que na eleição de 2014 conseguiu ter em Teixeira 2.200 votos e nesta eleição só conseguiu 1.035 votos, mesmo tendo colocado 6,5 milhões de emendas no orçamento; ele esperava ter uma votação de pelo menos 3 mil votos. Acontece que pouca gente sabia das emendas que já foram liberadas na área da saúde e de infraestrutura. Outro desempenho pífio foi o deputado federal Paulo Magalhães, que obteve apenas 1.015 votos e a expectativa era ter 5 mil votos.
A presidência da Câmara
A eleição para a presidência da Câmara de Vereadores para o próximo biênio acontecerá na última secção do ano e ocorrerá no final do próximo mês. Em Teixeira de Freitas, alguns nomes da base do governo têm se manifestado, como o sargento Berg, o atual vice-presidente Bernardo Cabral, o vereador Joris de Gel e o atual líder do governo, Ronaldo Cordeiro. A oposição, que hoje conta com cinco vereadores, está se movimentando e querem eleger o vereador Marcílio do PT. Tudo pode acontecer e até a minoria vencer a maioria quando ela se dividir. O atual presidente Agnaldo da Saúde não podendo ser candidato, afirma que tem compromisso com Ronaldo Cordeiro. Se o prefeito Temóteo Brito não atuar no processo, corre o risco de ver a presidência da Câmara cair nas mãos dos adversários. Se isso acontecer, terá um final de mandato tumultuado.