“Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra o seu irmão
ou julga o seu irmão, fala contra a Lei e a julga. Quando você julga a
Lei, não a está cumprindo, mas está se colocando como juiz. Há
apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem
é você para julgar o seu próximo?” (Tiago 4.11-12)
Tiago vem desenvolvendo seu texto focado em orientar-nos na busca por um relacionamento verdadeiro e profundo com Deus, e não nos satisfazermos com uma prática religiosa que sempre acaba numa espiritualidade rasa. Vimos que ele nos responsabiliza: Submetam-se de Deus, aproximem-se dele e resistam ao diabo (vv.7-8). Ontem vimos que Ele nos convida ao quebrantamento e ao choro como forma de sermos restaurados espiritualmente. E, inevitavelmente, Ele chega ao nosso relacionamento uns com os outros. Pois no Evangelho, não pode haver comunhão com Deus sem que ela nos capacite para que nos relacionemos melhor com o nosso próximo.
Mais uma vez ele vai direto ao ponto, como é seu estilo. Falar mal uns dos outros é algo comum em nossa sociedade e, infelizmente, em nossas igrejas. E se não tivermos cuidado, nos tornaremos pessoas que sentem prazer em difamar. A questão não é se é ou não verdade o que falamos de alguém. O fato de ser verdade não torna a nossa maledicência algo justificável. O princípio do amor nos orienta a tratar o outro como gostaríamos de ser tratados. E não há quem fique feliz em ter seu nome envolvido em comentários que desabonam, expõem fraquezas ou revelam erros. Tiago diz que falar mal do nosso irmão é julgá-lo. E quem somos nós para julgarmos uns aos outros? Devemos estar atentos e evitar essa prática. Atentos mesmo, pois é muito fácil cair nela!
Ao escrever este texto sou levado a admitir que, não sei quantas vezes, falei mal. Minha incompatibilidade ou mágoa com o outro levou-me a ser maldoso. Isso está errado e não deve se repetir. Às vezes em que me contive e abri mão da maledicência senti-me muito melhor. Façamos um compromisso: Jamais falar mal uns dos outros. Não podemos andar com Deus e maldizer nosso irmão. O que nos cabe, o que devemos fazer, é orar uns pelos outros, servir uns aos outros. Sejamos amorosos uns com os outros. E, se alguém aproximar-se para difamar, repreenda. Não participe! Você estará fazendo um bem a si e ao outro. Não se intimide. Essa é a vontade de Deus para nós.
ucs