É cada vez maior o número de mulheres presas na Bahia por envolvimento com o tráfico de drogas. Em Salvador, o aumento foi de 5% em 2010 em relação a 2009. Segundo a polícia, as mulheres estão assumindo o comando de quadrilhas no lugar dos companheiros que foram presos ou mortos.
Uma mulher apontada pela polícia como uma das principais chefes do tráfico na capital baiana foi presa em maio de 2011no subúrbio de Salvador. De acordo com a polícia, ela comandava um grupo suspeito de mais de 30 assassinatos no subúrbio ferroviário, região violenta da cidade.
Outra mulher presa recentemente em Salvador é acusada de chefiar uma quadrilha no Alto das Pombas, comunidade ocupada há pouco mais de um mês pela Polícia Militar. Ela é viúva do traficante Eberson Souza Santos, o Pitty, morto pela polícia há quatro anos. De acordo com as investigações, ela passou a comandar a distribuição de drogas em três bairros da capital baiana.
Segundo a polícia, as mulheres estão deixando de ter um papel secundário nas quadrilhas, assumindo o comando porque os maridos foram presos ou mortos.
Várias dessas mulheres ainda estão em liberdade, com mandados de prisão em aberto. Por causa da forte influência que elas exercem no tráfico de drogas, quatro estão na lista dos criminosos mais procurados pela polícia da Bahia.
Uma das mulheres que ilustra uma das cartas do baralho distribuído pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia, com as fotos de 52 pessoas envolvidas com diversos crimes, também age na região do subúrbio ferroviário. As outras três mulheres incluídas no baralho são do sul do estado. Para a polícia, a prisão das foragidas é uma questão de tempo. “As investigações têm que ser ajustadas diariamente, a partir de novas informações que vão chegando. Por isso que nós trabalhamos através do disque-denúncia e contamos com a colaboração de toda a sociedade”, explica Hélio Jorge, delegado chefe da Polícia Civil da Bahia.
A polícia diz que já registrou mais chamadas para o disque-denúncia, depois da divulgação do baralho dos criminosos e do jogo de memória, no site da Secretaria de Segurança Pública. A expectativa é de um aumento de 50% nas ligações. Para denunciar basta ligar para (71) 3135-0000
Fonte: G1