Cooperativa de mandiocultores de se formaliza e ganha caminhão

Cooperativa de mandiocultores de se formaliza e ganha caminhãoMedeiros Neto – O Natal ainda não chegou, mas a Cooperativa dos Produtores de Mandioca de Medeiros Neto (Coopman), no extremo sul, ganhou dois presentões neste início de dezembro: a formalização e a posse, de fato, de um caminhão baú, fruto do convênio celebrado entre o Sebrae, Ministério da Integração Nacional, Governo da Bahia e a prefeitura local, com apoio da Ceplac. Todo o processo de constituição da cooperativa foi orientado pelo Sebrae, que também elaborou o plano de gestão e os termos de utilização do veículo.

A constituição e formalização da Coopman, assim como a utilização do caminhão, já estavam previstos há cerca de quatro anos, desde que começou na microrregião de Medeiros Neto o projeto de mandiocultura, cujo objetivo é alavancar a produtividade dos derivados da mandioca, ganhar mercado e agregar valor à produção de farinha. Associados, fica mais fácil para os produtores receberem apoio do governo.

Durante esses quatro anos, os produtores se integraram ao projeto e a produtividade aumentou. Com os cursos oferecidos pelo Sebrae e parceiros, também foram conscientizados da necessidade de melhoria dos derivados da mandioca, como beiju e biscoitos. Segundo pesquisas da Embrapa Amazônia oriental, o clima e o solo da região são excelentes para o cultivo da mandioca.

O projeto contempla seis municípios da microrregião – Medeiros Neto, Itanhém, Lajedão, Ibirapuã, Vereda e Jucuruçu. Além de fomentar a produtividade, a ideia é também uniformizar a qualidade da farinha. As sete fábricas localizadas nesses municípios devem seguir os padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura. Mas para chegar à qualidade desejada, é preciso trabalhar com gestão, e esse é objetivo do Sebrae, de acordo com o gestor no projeto de mandiocultura do extremo sul, Paulo Mesquita. “Agora é hora de pôr em prática o planejamento elaborado, especialmente no que tange ao aperfeiçoamento tecnológico, permitindo agregar valor aos produtos, o acesso aos mercados mais exigentes e a satisfação dos beneficiados e parceiros desta iniciativa”, avaliou.

 

 

 

 

 

Caminhão vai ajudar na comercialização

 

 

A presidente da Coopman, Elisângela de Souza, recebeu as chaves do novo caminhão da cooperativa na manhã desta segunda-feira (6). Ela não vê a hora de começar a usar o novo instrumento de trabalho. “Quando a empacotadeira estiver em pleno funcionamento, poderemos fazer o transporte, comercialização e distribuição de toda a produção das farinheiras envolvidas no projeto, mas sei que ainda tem muita coisa para fazer antes de chegarmos a esse ponto”, ponderou.

Através do projeto de mandiocultura, sete unidades de produção e beneficiamento de farinha de mandioca (as casas de farinha) foram construídas ou reformadas. Elas vão vender toda a produção para a Coopman, que também ganhou uma empacotadeira. As obras tiveram investimentos da ordem de R$ 1,4 milhão. Apenas duas das fábricas ainda não estão em funcionamento: a de Jucuruçu e a de Vereda. Além de resolver esse problema, a cooperativa precisa organizar um escritório e iniciar o processo de treinamento e padronização nas fábricas, no que vai contar com a parceria do Sebrae.

O coordenador do Sebrae no extremo sul, Jorge Cunha, lembrou da importância dos parceiros no projeto. “Esse projeto é uma construção coletiva e cada parceiro tem seu papel. Agora que está garantida a capacitação na gestão de negócios e a organização das associações, vamos repassar metodologia sobre inovação tecnológica, compras públicas, acesso a mercados e outros conteúdos que auxiliem os pequenos produtores”, declarou.

 

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