Convidados a voltar

“Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer.” (Romanos 3.12)

Paulo está citando o verso três do salmo 14. A expressão “todos se desviaram” pode ser também traduzida como “todos desistiram do caminho”. Foi um abandono coletivo, ninguém ficou onde devia ficar. Desviando-se, todos também deixaram de ser adequados (tornaram-se inúteis). No salmo, o termo hebraico dá ideia de “ir mal, corrompendo-se”, como quando o leite azeda ou a fruta apodrece. Uma corrupção que muda a essência, embora possa ser maquiada pela aparência.

Nestas condições ninguém faz o bem. A ideia não é que atos de bem não sejam praticados. Sabemos que pessoas agem de forma bondosa diariamente e são uma inspiração. Parece que a ideia é que, em cada ato de bem, há algo que o macula, possivelmente, uma verdadeira intenção oculta que mais se relaciona ao egoísmo que ao altruísmo. Que visa o “eu” e não o “outro”. E o desvio sofrido e a decorrente incapacidade para o bem podem ser tanto gritantes quanto sutis. Quanto mais sutil o sintoma, mais difícil o diagnóstico, no caso, o arrependimento.

Por isso Deus veio a nós e misericordiosamente dá sinais de Sua presença e toques de Sua graça. Ele nos chama de volta. A solução do nosso desvio e corrupção não está no quanto vamos nos esforçar, mas no quanto vamos nos submeter. Voltar a viver conforme a vontade de Deus é uma dádiva. Permanecer agindo assim, um milagre que se realiza com escolhas diárias. Escolhas de crer, submeter-se e obedecer. Todos se desviaram, mas muitos voltaram e estão no caminho. Que entre estes esteja você.

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