Conquista: Mulher morre em hospital enquanto esperava conserto de tomógrafo

 

 

24/11/2014 17h52 – Atualizado em 24/11/2014 17h54

Caso ocorreu no Hospital Regional de Vitória da Conquista, na Bahia.

Paciente estava internada desde o dia 7 de novembro. Morte foi no dia 22.

Conquista: Mulher morre em hospital enquanto esperava conserto de tomógrafo
Aparelho de tomografia do HGVC está quebrado há cerca de um mês (Foto: Reprodução/TV Sudoeste)
Após mais de 15 dias internada e aguardando exame de tomografia computadorizada no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), na região sudoeste da Bahia, Marinalva Feitas Ferreira, de 57 anos, veio à óbito no sábado (22). A informação foi confirmada pelo filho da paciente, Vitor Freitas, na tarde desta segunda-feira (24).

Freitas contou que a mãe foi levada para o hospital com uma infecção generalizada, um dia após uma cirurgia de correção de hérnia, realizada em unidade de saúde privada, no dia 6 de novembro. Por conta do problema, ele detalha que os médicos solicitaram com urgência a realização da tomografia.

Em nota, a assessoria da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou que o aparelho de tomografia apresenta problemas no gerador de energia há mais ou menos um mês.

No documento, a Sesab explica que o contrato com a atual empresa de manutenção não pôde ser renovado, porque a companhia estaria com pendências no cadastro da Secretaria de Administração do Estado (Saeb), mas que a direção do HGVC procurou outra empresa para realizar a manutenção. O problema, segundo a nota da Sesab, é que o orçamento para a reposição de duas peças do tomógrafo ficou em quase R$ 130 mil, valor que, por lei, exige a realização de licitação. O comunicado ainda informa que tanto a Sesab quanto o HGVC estão tentando solucionar o problema o mais rápido possível.

Já a assessoria do HGVC destacou que a paciente se encontrava em estado muito grave de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas e que, em casos como este, a necessidade de exames de imagem para diagnóstico é superada pelo elevado risco iminente de morte, quando o paciente é retirado do leito. Em nota o HGVC acrescenta que qualquer tipo de transporte, tanto intra-hospitalar quanto extra-hospitalar, representava um risco elevado para a paciente sendo, portanto, contra indicado. O hospital alega que, no caso de Marinalva, a tomografia não mudaria a conduta, apenas teria utilidade para melhor elucidação diagnóstica, e que a decisão de não fazer a tomografia foi feita por uma equipe multidisciplinar, priorizando a segurança da paciente.

 

 

 

Fonte: G1

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