A partir do dia 04 de dezembro, às 20 horas, acontecerá na Galeria Motirô, do Coletivo das Artes Motirô em parceria com o shopping PátioMix, a exposição “Ressurreição”, do artista Elias Barreto, que apresenta esculturas em madeira.
Traz a possibilidade de traçar curvas e molduras em pedaços de raízes e troncos mortos, mostra a sensação de trazer-lhes de volta à vida em um outro formato, respeitando a criação Divina através da natureza.
O maior desafio do artista é deixar fluir o que a imaginação determinar através da sensibilidade, amor e dedicação, enriquecendo a reflexão sobre as questões ambientais tão presentes no cotidiano da sociedade atual, evidenciando a metamorfose da ressurreição.
O escultor Elias Barreto tem 44 anos, pratica o extrativismo artístico e vê a natureza pelo olhar sensível da arte.
Desenvolve suas próprias criações com muita inovação e minuciosidade, dentro do que a sua imaginação identifica como formas e ideais da natureza, refletindo a paisagem brasileira, em particular a floresta amazônica.
O amor pela arte surgiu desde muito novo, através de desenhos, pinturas e esculturas. Talvez a sua timidez, por muito tempo, tenha o retraído, pois, desde sempre, teve dentro de si a aptidão de transformar o natural com o seu olhar artístico, observando cada pedaço de raiz, galhos e troncos a serem descartados.
Inquietava-o a possibilidade de que seria possível trazê-los de volta à vida, de uma outra maneira, de uma outra forma. Tudo isso foi base para o extrativista que se tornou, buscando, por meio do tato, descobrir as inúmeras formas pela qual a flora transcende; utilizando resíduos de floresta de manejo, árvores nativas resgatadas de queimadas e desmatamentos, reciclando e ressignificando a natureza por meio da sua vasta capacidade criativa.
Admirador da vida e das obras do artista Frans Krajcberg (Kozienice, Polônia, 1921 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017). Escultor, pintor, gravador e fotógrafo, autor de obras que têm como característica a exploração de elementos da natureza, destaca-se pelo ativismo ecológico, que associa arte e defesa do meio ambiente, deixou fluir e extravasar sua capacidade criadora, fazendo uso do extrativismo, que o habitava.
Procurou meios de dar nova vida ao que sobrou do que morreu.
A exposição fica até o dia 15 de dezembro. De segunda a sábado, das 14 às 22 horas, e domingo das 15 às 21h.