Confira como saber se o bebê tem problema de visão

Confira como saber se o bebê tem problema de visão
Confira como saber se o bebê tem problema de visão?. Foto: iStock

A visão é extremamente importante para o desenvolvimento dos bebês. É através dela que as crianças descobrem o mundo ao seu redor e aprendem a realizar todo tipo de ação. Mas como saber se o pequeno está enxergando adequadamente, se ele ainda não fala ou sequer compreende esse sentido?

Em geral, podemos desconfiar de problemas visuais em bebês que não fazem contato visual nos primeiros dois meses de vida; que não apresentam sorriso social ou percepção das próprias mãos aos 3 meses; que não pegam brinquedos aos 6 meses; ou que não reconhecem rostos e expressões aos 11 meses. Se houver qualquer suspeita, o bebê deve ser encaminhado imediatamente ao oftalmologista.

Porém, antes desses possíveis sinais, qualquer condição que afete a visão do bebê pode ser identificada logo após o nascimento. Isso porque, hoje em dia, existe o teste do reflexo vermelho (TRV), também chamado de teste do olhinho, que deve ser realizado pelo pediatra nas primeiras 72 horas de vida da criança – ou até antes da alta da maternidade.

O que é o teste do reflexo vermelho?

Totalmente indolor, este exame é realizado com um aparelho chamado oftalmoscópio, que emite um feixe de luz que é refletido pela retina e sai do olho através da pupila. Essa luz é laranja-avermelhada, refletindo a cor da retina normal, e significa que as principais estruturas internas do olho (córnea, câmara anterior, íris, pupila, cristalino, humor vítreo e retina) estão transparentes, permitindo que a retina seja atingida de forma normal.

Existem três interpretações para esse exame: presente, ausente ou duvidoso. O reflexo vermelho está ausente, ou branco (com leucocoria), quando há uma anormalidade no olho que impede a luz de chegar à retina e ser refletida. Quando ausente ou duvidoso, é solicitado a avaliação de um oftalmologista que realizará um exame mais completo, com o uso de colírios para dilatar a pupila.

Assim, o TRV é considerado um teste de triagem, que serve para detectar doenças como catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma (que é um tumor ocular), retinopatia da prematuridade, inflamações intraoculares e descolamento de retina. Com o diagnóstico precoce da maioria dessas doenças, é possível seguir um tratamento apropriado a tempo de se evitar ou minimizar a deficiência visual – e, no caso do retinoblastoma, diminuir o risco de vida do bebê.

O TRV deve ser repetido pelo pediatra durante as consultas de puericultura, pelo menos três vezes ao ano, durante os primeiros 3 anos de vida. Além disso, muitos médicos acreditam que só esse exame basta para saber que está tudo bem com a visão do bebê, mas isso não é verdade. É imprescindível que se façam as consultas de rotina com o oftalmologista, conforme a recomendação.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que o bebê passe em sua primeira consulta com o oftalmologista dos 6 meses até 1 ano de idade. Sugere também que seja feita uma nova consulta entre 3 e 5 anos – preferencialmente aos 3 anos, período em que há um grande crescimento das crianças e problemas oculares podem surgir.

Por isso, vale reforçar: o diagnóstico precoce é essencial para um bom prognóstico. Com um bom acompanhamento médico, conseguimos detectar as alterações nos olhinhos e permitir que as crianças se desenvolvam plenamente.

Fonte: Minha Vida

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