“Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá.” (Salmos 27.10)
Nossa vida, de certa forma, poderia ser avaliada a partir de nossos “até que” ou “ainda que”. Ambos indicam o limite, o máximo, o que nos é possível. Mas há uma diferença: no “até que” o meu limite determina o fim; no “ainda que” o meu limite é superado por algo maior e eu sou levado além. O salmista expressou ousadamente um “ainda que”: “ainda que me abandone quem jamais esperaria que o fizesse, não ficarei desamparado pois o Senhor me acolherá. Minha segurança está além!”
Habacuque aprendeu a sair do “até que” para o “ainda que”. Com sinceridade ele questionou Deus sobre a situação em sua nação, que não melhorava. E isso o estava afetando negativamente. Em sua experiência de fé ele aprendeu a confiar, apesar das circunstâncias. E então terminou seu livro declarando: “Ainda que não haja nada de bom ao meu redor, eu me alegrarei no Deus da minha salvação. Meu bem estar agora está além das circunstâncias!” (Hb 3.17-18).
Nossa fé precisa alcançar o “ainda que” do salmista e do profeta. Nossa confiança em Deus deve nos fazer mais livres, deve nos fortalecer para superarmos limites que nos amedrontam. A vida é incerta e coisas ruins acontecem com pessoas boas. Não devemos nos tornar reféns, cuja vida está condicionada aos “até que”. Devemos nutrir diariamente nossa confiança em Deus e sermos livres. Devemos nos preparar para enfrentar nossos temores e lutas pela fé no Deus que jamais nos abandona. Por Sua graça poderemos ter certeza de que, ainda pessoas falhem ou a vida nos negue o que necessitamos, Deus sempre cuidará de nós!