SAÚDE MENTAL NAS EMPRESAS: COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA

SAÚDE MENTAL NAS EMPRESAS: COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
Foto: Freepik

CNV NAS EMPRESAS
A nova legislação voltada à saúde mental no trabalho, aprovada pela Câmara dos Deputados em 2024, incentiva empresas brasileiras a adotarem práticas mais humanizadas. Uma das estratégias já mencionadas como eficaz é a Comunicação Não Violenta (CNV), método desenvolvido por Marshall Rosenberg (2003). Na região da Costa das Baleias, segundo empresários consultados, algumas organizações já buscam esta prática, o que já são treinamentos voltados à CNV em ganhos que se verificam no cotidiano de envolvidos, com foco em líderes e equipes operacionais.

COSTA DAS BALEIAS INICIA TREINAMENTOS
Em cidades como Prado, Caravelas e Teixeira de Freitas, empresas do setor de turismo e comércio é essencial que haja investimentos em capacitações voltadas à CNV. Estima-se que a prática de escuta ativa e expressão empática, promova a queda acentuada de muitos dos conflitos internos de qualquer empresa, em poucos meses. A medida é inspirada em iniciativas de companhias canadenses Desjardins Group, como também as estadunidenses, Google e Netflix.

REFERÊNCIA INTERNACIONAL
Em pesquisa publicada na Harvard Business Review, o psicólogo organizacional Adam Grant destaca que “ambientes onde a escuta é incentivada e a empatia é praticada apresentam crescimento 23% maior em performance coletiva.” O modelo canadense, citado anteriormente, é um exemplo de como mudanças simples, como substituir acusações por observações, ajudam a reverter quadros de estresse e afastamentos por esgotamento emocional.

O QUE DIZ A LEI
A legislação brasileira propõe a adoção de práticas comprovadas de bem-estar emocional, como CNV, pausas ativas e reorganização de ambientes físicos. O texto da Lei 14.831/24 recomenda que empresas desenvolvam ações contínuas para melhorar o clima organizacional, integrando os setores de RH, lideranças e saúde ocupacional. A meta é tornar o ambiente de trabalho um espaço mais colaborativo, onde a prevenção de conflitos se dá pela qualidade da comunicação cotidiana.

PSICÓLOGOS DEFENDEM A CNV
O psicólogo espanhol Daniel Colombo ressalta: “A CNV contribui para uma cultura de confiança. Ela permite que cada membro da equipe se sinta seguro para expressar suas necessidades sem medo de julgamentos.” Já a brasileira Luciana Paiva, mestre em Psicologia Organizacional, reforça que “o maior ganho é a prevenção de adoecimentos emocionais, pois muitas vezes o sofrimento começa quando o trabalhador não consegue se comunicar de forma saudável.”

REFLEXO NA VIDA PESSOAL
Em entrevista à série de reportagens sobre saúde mental no trabalho, uma terapeuta comunitária que não quis ser identificada, apontou que práticas como a CNV “têm um impacto direto na convivência familiar dos trabalhadores.” Segundo ela, ao aprender a se comunicar de forma empática no trabalho, o indivíduo leva esse aprendizado para casa, contribuindo para uma sociedade mais equilibrada emocionalmente — objetivo principal da nova legislação.

  • 5º de uma série de artigos sobre SAÚDE MENTAL NAS EMPRESAS, produzida pelo estudante de Jornalismo Jônatas David

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