“Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo.” (Efésios 4.32)
Nosso estilo de vida moderno tem fechado ênfase quase exclusivamente no desenvolvimento de capacidades autocentradas. Capacidades que apoiem a conquista dos nossos sonhos, de objetivos individuais. Muitos deles assumidos como “meus” porque a sociedade os valoriza, fazendo-me crer que não terei provado meu valor ou serei feliz a menos que os alcance. Mas, em algum lugar lá no fundo, sentimos que algo está indo na direção errada.
Como cristãos somos exortados a desenvolver capacidades relacionais. Capacidades que sirvam ao propósito de incluir o outro, possibilitar o outro em nossa vida e beneficiá-lo. Não é pecado empreender buscas por realização pessoal, mas é pecado fazer apenas isso na vida. É pecado não incluir o outro, não viabilizar relacionamentos pagando nós mesmos o preço por eles, em algum momento. Somos chamados a fazer as coisas com Deus as faz.
Por isso diz Paulo: sejam bondosos e compassivos. Ele escreveu em Romanos, vençam o mal com o bem (11.22). Precisamos “calçar os sapatos uns dos outros”, se é que me entende. Isso é importante para sermos compassivos, termos compaixão. Deus vestiu nossa carne! E devemos ir ao ponto extremo nos relacionamentos: o perdão. Ele põe fim à separação, é o preço máximo, é o ato final sem ser o último. Deus é bondoso, compassivo e perdoador. É como devemos ser. Por isso Deus habita conosco, para podermos ser como Ele, fazendo como Ele faz.