Com simpatia e simplicidade, jogadores suíços e alemães conquistam o coração dos baianos

Alemães e suíços, hospedados em Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, respectivamente, durante esta Copa do Mundo, têm demonstrado simpatia e grande interação com a população local. Nas três primeiras semanas que permaneceram na Bahia, suíços e alemães não se limitaram a treinar e repousar em seus hotéis. Eles usaram os tempos livres para curtir o estado e interagir com nativos. Assim, premeditadamente ou não, conquistaram o coração dos baianos.

A cena de 15 dias atrás, em que Neuer e Schweinsteiger, astros da Alemanha, cantaram o hino do Bahia foi só o primeiro dos momentos marcantes. De lá para cá, atletas dos dois países colecionaram vivências interessantes e elogios dos baianos. A passagem deles, que, embora improvável, pode ter chegado ao fim nesta terça, já está eternizada na memória local.

Com simpatia e simplicidade, jogadores suíços e alemães conquistam o coração dos baianos
(Foto: Ian Calebe/Arquivo Pessoal)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em Santo André, povoado de Santa Cruz Cabrália, jogadores e comissão técnica da Alemanha foram vistos quase que diariamente caminhando na praia para apreciar o ambiente. Quem fez plantão ou simplesmente passava pelo local tem boas histórias para contar.

“Eram 8h da manhã quando eu estava na praia e vi um homem correndo, se exercitando. Logo, gritei para meus amigos: ‘ei, aquele cara é o técnico da Alemanha´! Ninguém acreditou, mas me aproximei, confirmei que era Joachim Löw e pedi uma foto. Ele me informou que estava indo até lá embaixo e voltava. Depois, tiraria a foto. Fiquei ansioso e pedi a um segurança para me ajudar a abordá-lo de novo, mas nem foi preciso. Meia hora depois, Löw passa de volta na corrida, me reconhece, sorri e vem até mim para a foto. Ele foi muito simples. O único problema foi a dificuldade que tive para me comunicar. Não entendia p… nenhuma do que ele falava (gargalha)”, relatou o estudante Ian Calebe.

As barreiras da língua e a simplicidade dos baianos, por sinal, colocaram os alemães em situações curiosas. Há seis dias, Schürrle caminhava pela praia com a namorada quando foi abordado por Gabriel Souza, 10 anos, que pediu um autógrafo vestido numa camisa do Chelsea, clube que o atacante defende.

“Ei, Chelsea!”, exclamou Schürrle. O garoto, de imediato, devolveu. “É isso mesmo! Autografa âe, tio!”. Tudo isso em bom ‘brasileirês’, para as gargalhadas dos parentes do menino e a ‘cara de paisagem’ do alemão, que não entendia nada do que se passava.

“Ele foi muito legal com a gente. Quem passou pela praia depois e também foi legal foi o Götze, embora fosse mais fechado. Educadamente, aceitou tirar fotos conosco. Mas, a mãe dele, que o acompanhava, foi simpaticíssima e ficou brincando com Gabriel e o João, meu filho”, comentou Tereza Rajão, tia de Gabriel.

Os suíços não ficaram atrás no quesito interação. Há duas semanas, foram vistos experimentando caipirinha em Arraial D’ajuda. Há uma, jantando numa churrascaria de Porto Seguro enquanto autografavam álbum de figurinhas. Já Inler, capitão do time, aceitou um convite de uma escolinha e foi ensinar futebol à garotada na praia de Mutá. Isso sem contar com passeios no shopping da cidade.

Com simpatia e simplicidade, jogadores suíços e alemães conquistam o coração dos baianos
(Foto: Tereza Rajão/Arquivo pessoal)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Vi o Benaglio saindo de outra loja, onde tinha ido comprar um produto para cabelo. As meninas de lá nem deixaram ele comprar. Deram o produto de presente. Depois, Benaglio passou na nossa loja (de materiais esportivos) para dar uma olhada. Corremos para tirar fotos com ele. Meu irmão, que é fanático por futebol, quase desmaiou porque nunca imaginou que veria em nossa frente um dos melhores goleiros do mundo. A foto vai virar um quadro na loja. É um momento que guardarmos para sempre”, declarou Janaina Gusmão.

A Suíça decide a vaga na Copa diante de Honduras, na quarta-feira, 25, em Manaus, e a Alemanha joga na quinta-feira, 26, contra os Estados Unidos.

 

 

 

Fonte: Ricardo Palmeira/A Tarde

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