Coluna Educação: No Exercício da Participação Cidadã

Hamilton Farias de Lima, prof. ensino superior.

“Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo tempo”, Abraham Lincoln (1806-1865)

Às vésperas da eleição definidora do mandato Presidencial a ser escolhido diretamente pelo voto secreto, abre-se no cenário nacional uma oportunidade valiosa de participação popular, mediante avaliações e escolha apropriada que, de imediato, passará a representar a concretização de objetivos voltados para a qualidade de vida dos brasileiros.

A gestão da coisa pública (“res publica”) implica em se cumprir regras e normas estabelecidas em diversos ordenamentos jurídicos, nos planos federal, estadual e municipal, e cujos dispêndios orçamentário-financeiros estejam voltados para objetivos sociais significativos, não bastando o simples ato de gastar ou aplicar sem a devida importância e relevância.

Pelo significado que a administração pública encerra em seus fins, aos mandatários, como fiéis depositários da confiança popular, impõem-se o estabelecimento de prioridades, a busca por materializar os anseios sociais, sendo transparentes e obedecendo aos princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, sem os quais os desvios, mau uso e a corrupção se fazem presentes nos atos de executar e fiscalizar para o bem público.

A sociedade atual clama contra os corruptos, os venais, os que não a têm representado com a dignidade mínima e fazem da representação outorgada verdadeiro balcão de negócios, da malversação dos recursos e do aproveitamento da oportunidade para desfrute particular e dos seus apaniguados.

No cenário que se antevê, duas realidades são flagrantes: de um lado os habituados às benesses do poder, ao status quo, que desejam manter até por vias excusas, e, do outro, a sociedade insatisfeita representada (?) por aqueles que entendem ser a ética e a moral, princípio e caminho indispensáveis à construção da harmonia social e do desenvolvimento para todos.

Afinal, não se pode negar, a consciência crítica não surge à toa, do nada, ela é muito mais um produto elaborado de vivências e do acúmulo de saberes, ora formais ou não. É na escola que se efetivam os primeiros passos formais, em sequência à iniciação ás custas da educação familiar, como oportunidade que a todos deve ser oferecida, cumprindo-se o preceito constitucional de “educação direito de todos e obrigação do Estado” e, daí, a formação cidadã.

Neste 2014, são 142.822.046 brasileiros e brasileiras (dados recentes do Tribunal Superior Eleitoral) aptos a votar e mais que isto, -separando-se o joio do trigo-, fazendo a escolha certa mediante uma participação consciente no exercício pleno da cidadania que assiste a todos.

Poderá ser, assim, a revolução democrática que muitos apregoam e que requer de cada um reflexões a partir de critérios meritocráticos, observando-se minimamente a experiência administrativa na gestão pública e vida dos candidatos, seus ideários, e não apenas o simples apego à propaganda dos marqueteiros ou, eventualmente, a interesses partidários na manutenção do poder pelo poder.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui