Pela primeira vez foi celebrado em 19 de abril o “Dia dos Povos Indígenas”, nomenclatura atual que substitui o “Dia do Índio”, atendendo à Lei 14.402, de 2022. O objetivo da data é lembrar a importância de proteger os povos originários e celebrar a diversidade cultural.
A Galeria Motirô traz essa discussão e reflexão acerca da semana de luta pelos direitos das populações originárias, pela preservação de suas terras/territórios e de sua cultura através das fotografia da artista Solange Nogueira, com recorte fotográfico de 2009, de uma visita no Território Indígena de Cumuruxatiba, no parque do Descobrimento, especificamente na aldeia Tibá, em que foi registrado os aspectos das tradições e da cultura Pataxó.
Procurou-se capturar a relação do povo Pataxós com o território sagrado e a profunda gratidão e reverência à Mãe Terra. Nas fotografias pode-se observar as pinturas corporais, isto é, expressões da cultura e da arte em seus corpos e as performances nos momentos do Awê. Outras cenas focalizadas são as relações interpessoais entre os adultos e as crianças pataxós, estas sempre juntas dos adultos em todas as apresentações do Awê (dança do povo Pataxó).
A Mostra fotográfica busca a valorização das danças e dos rituais Pataxó junto à natureza, e a alegria e o prazer deste povo em pertencer ao território indígena. Durante o período de 14 anos, a maioria ainda habitam a Aldeia Tibá, alguns migraram para outras Aldeias, pois os Pataxós dizem gostar de ser nômades.
Outros dos fotografados em 2009 habitam agora a Aldeia Pequi a qual possui 480 Pataxós. No distrito de Cumuruxatiba, são ao todo cinco Aldeias Pataxós que resisdem neste Território.
Na abertura da exposição teve a participação da turma da EJA do SESI, que foi fazer uma visita técnica na galeria acompanhados das professoras Tamires Persan, Thaís Brito, Orlinda Ramos e Maria d’Ajuda Reis e a participação especial da professora Solange da UFSB e das indígenas Thalita e Anne que abrilhantaram a noite.