Coaraci: Após surto, polícia libera idoso, mas família teme

Homem de 78 anos foi preso após ferir pessoas com faca dentro de ônibus.

Ele está custodiado há um mês em hospital e já pode ficar preso em casa.

O idoso de 78 anos que está custodiado há cerca de um mês, segundo familiares, com algemas presas a uma maca no Hospital Geral de Coaraci, região sul da Bahia, foi liberado para cumprir prisão domiciliar. As informações são da delegacia da cidade e foram confirmadas nesta segunda-feira (20) pela sobrinha do paciente, Anderleia Jesus dos Santos.

O homem foi preso em dezembro de 2014, na Delegacia de Almadina, cidade vizinha, depois de ter “surto” dentro de um ônibus e ferir três pessoas com facadas. Há cerca de 30 dias, ele foi levado à unidade de saúde por estar debilitado na prisão, informa a sobrinha.

A Polícia Civil informou, também nesta segunda, que o idoso vai passar por uma avaliação psiquiátrica no dia 6 de maio, no Hospital de Custódia e Tratamento (HCT), em Salvador. Até o dia da avaliação, ele poderá ficar com a família, mas, apesar da liberação, a sobrinha diz que não tem condições de mantê-lo em casa.

“Gostaria que ele passasse logo pela avaliação, que ele fosse para Salvador, porque não tenho como cuidar dele. Tenho dois filhos, um de sete e outro de 12 anos, saio para trabalhar e deixo os dois sozinhos em casa. Como vou deixar duas crianças com um idoso doente que só fala em cortar, em facão, em faca, essas coisas?”, relata.

Segundo a sobrinha do idoso, ela vai se reunir com a filha de consideração do idoso para que as duas ajustem como podem cuidar dele. “Vou chamar a filha dele 26 anos para sentar e conversar para ter decisão. Eu trabalho, ela também trabalha e ela ainda cuida da mãe e dois irmãos que têm problemas mentais. Todos tomam remédio controlado. Não decidimos nada”, explica.

Enquanto a família não for buscar o idoso, ele permanecerá algemado na maca. Segundo a polícia, é uma medida de segurança para preservar não só a vida do idoso, mas também as de outras pessoas que circulam e trabalham na unidade de saúde.

 

 

Fonte: Maiana Belo/G1

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