No Brasil, já é uma realidade o uso de robôs em procedimentos cirúrgicos, nas mais diversas especialidades médicas. No campo específico da ginecologia, a cirurgia robótica vem sendo uma grande aliada no tratamento da endometriose – uma doença que já atinge cerca de 7 milhões de brasileiras, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Os benefícios são inúmeros, tanto para as pacientes, quanto para os médicos. A cirurgia robótica trata a endometriose em diferentes níveis, com uma intervenção minimamente invasiva e um menor tempo de recuperação. A paciente pode receber alta um dia após a cirurgia. “A cirurgia robótica permite uma visão mais precisa das estruturas internas do abdome. Ela reúne a visão 3D em alta definição, que acrescente em relação a laparoscopia a noção de profundidade e além das vantagens da visualização ainda há a questão da manipulação das pinças como se fossem mãos humanas. Isso aprimora as cirurgias com lesões mais delicadas..”, explica Dr. Heron Cangussu, especialista em Oncoginecologista e Cirurgia Robótica e membro do Núcleo de Endometriose e Infertilidade de Salvador.
Por isso, a robótica tem boa indicação em cirurgias complexas, como em casos de câncer do colo do útero, e extensas, como a da endometriose. O robô ajuda muito na execução do procedimento. E para a paciente, uma das principais vantagens do método é um pós-operatório mais tranquilo. “Como o robô tem movimentos mais delicados e precisos, cria menos trauma e possibilita à paciente uma recuperação mais rápida”, explica o Dr. Heron. A cirurgia robótica é indicada ainda para mulheres que querem engravidar e não conseguem por conta da endometriose – uma das principais causas de infertilidade feminina.