Cadu Barcellos fazia parte da produção do Porta dos Fundos
O cineasta Cadu Barcellos, de 34 anos, foi morto a facadas na madrugada de terça-feira, 10 de novembro, no Rio. Ele foi atacado na esquina da Avenida Presidente Vargas com a Rua Uruguaiana, no Centro.
Carlos Eduardo Barcellos Sabino foi codiretor do longa “Cinco vezes favela — agora por nós mesmos” e fez trabalhos para a televisão e para a internet.
Segundo o amigo William Oliveira, “Cadu foi assassinado possivelmente por conta de um celular, um Riocard e um punhado de reais”.
Cadu havia saído da Pedra do Sal, no Santo Cristo, de carona em um carro de aplicativo com uma amiga, que seguia para a Zona Sul, e desembarcou alguns quilômetros depois, no Centro.
Perto de uma saída do metrô, foi rendido. O cineasta chegou a ser visto gritando por socorro por volta das 3h30, mas caiu alguns metros à frente e morreu no local.
A PM confirmou a morte e disse que encaminhou o caso à Delegacia de Homicídios. A Polícia Civil disse que abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do crime e informou que a perícia constatou “ferimentos provocados por instrumento perfurocortante, sobretudo na região do tórax”. A corporação disse ainda que testemunhas serão ouvidas para esclarecer o caso e identificar o autor do crime.
Ele deixou a esposa e um filho de 2 anos.
Por volta das 7h, o corpo dele estava no Instituto Médico-Legal (IML), no Centro.
Carreira
Na direção do longa “Cinco vezes favela – Agora por nós mesmos”, Cadu assinou o episódio “Deixa voar”. O filme foi exibido no Festival de Cannes 2010. Em 2012, Cadu também integrou a equipe que escreveu e dirigiu o filme “5x Pacificação”.
Além de ser assistente de direção de “Greg News”, programa comandado por Gregorio Duvivier, Cadu também era diretor artístico do grupo No Lance.
Ele ainda participou da equipe de pesquisa do documentário “Favela Gay” (2014) e foi assistente de direção do canal Porta dos Fundos.
Fonte: G1