Cinco dias para corrigir erros, lavar roupa suja e preparar o Bota, pra final do Carioca

Cinco dias para corrigir erros, lavar roupa suja e preparar o Bota, pra final do Carioca
Zerar situação criada por Valencia e Brenner nas substituições, fazer escolhas definitivas e buscar alternativas de jogo para atacar o Vasco são tarefas para o comandante alvinegro. Foto: GloboEsporte

Durante a coletiva pós-derrota para o Vasco, Alberto Valentim repetiu à exaustão que a semana seria de muito estudo para corrigir detalhes e definir peças. Pois ela se inicia nesta terça-feira, pelo menos no Nilton Santos – o time folgou na segunda-feira.

Enquanto o Cruz-Maltino se arma para o duelo com o Cruzeiro pela Libertadores, marcado para quarta-feira, às 21h45, no Mineirão, o Alvinegro tem cinco dias para se concentrar apenas na decisão do Carioca – o Vasco tem a vantagem do empate após vitória por 3 a 2 no domingo.

Valentim sabe que precisa realizar ajustes, e a reportagem do GloboEsporte.com aponta cinco fatores importantes para o Botafogo chegar forte para a finalíssima. Confira abaixo:

1) Lavar roupa suja
As reações exageradas de Valencia e Brenner após serem substituídos no último domingo deixaram os responsáveis pelo futebol alvinegro, Anderson Barros (gerente) e Gustavo Noronha (vice) muito insatisfeitos.

Por mais que já tenham se posicionado em suas respectivas redes sociais, e Valentim tenha colocado panos quentes na entrevista posterior à derrota por 3 a 2, é necessário zerar o ocorrido. Nesta terça, os jogadores serão ouvidos e terão a chance de se desculpar com o técnico e o grupo.

2) Aumentar o nível de concentração

Outro fator que Valentim contestou durante a coletiva foi quando questionado se não faltou concentração ao time na decisão. Ele garantiu que não e tratou as falhas nos gols como situações normais em uma partida.

 Não são. Lindoso, que faz um ótimo campeonato, foi surpreendido pelas costas por Giovanni Augusto no primeiro gol. Marcinho e Marcelo erraram passes simples no segundo. E Marcinho se desligou ao deixar Andrés Ríos livre para decretar a vitória vascaína.
3) Mais apoio a Marcinho

Alberto Valentim tem falado bastante sobre Marcinho, jogador que bancou como titular desde sua estreia. O jovem já fez ótimas partidas, como contra Nova Iguaçu e o Flamengo, mas também errou bastante contra Fluminense e sobretudo diante do Vasco, no último domingo.

Chegou a ser vaiado, mas Alberto fez questão de levantá-lo na comemoração do segundo gol, do qual o jovem participou. Ex-lateral-direito, o comandante não esconde o apreço pelo pupilo. O elogia constantemente na fase ofensiva, mas já destacou que quer vê-lo bem também defendendo, como fez contra o Flamengo – terminou líder de desarmes e ajudou a anular Vinicius Junior.

4) Hora de escolher um volante e o centroavante

Alberto prometeu bastante estudo para definir qual volante substituirá Rodrigo Lindoso, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Matheus Fernandes e Gustavo Bochecha são os jogadores da posição disponíveis no banco.

O primeiro é favorito por ter feito ótimo papel em 2017 e após iniciar a atual temporada como titular. A rodagem e o ritmo de jogo jogam a favor de Matheus. Os elogios a Bochecha, porém, deixam a disputa de amigos pela vaga em aberto.

No comando do ataque, a dúvida é bem menor. Kieza, titular com Valentim no início da passagem do treinador pelo Botafogo, está em condições de jogo e entrou na etapa final no último domingo. Mas Brenner vem de boa fase, anotou três gols nos últimos quatro jogos (todos contra o Vasco) e luta pela artilharia da competição. Com seis, está a um de Pedro, do Fluminense.

5) Procurar tabelas e o jogo com a bola no pé

É inegável que o Botafogo é perigoso na bola aérea. Nos três jogos contra o Vasco isso foi provado. Dos sete gols marcados diante do arquirrival no Carioca 2018, quatro foram de cabeça (três de Brenner e um de Igor Rabello). Mas, no domingo passado, o time abusou dos cruzamentos, sobretudo na etapa final, quando praticamente se limitou a levantar bolas na área adversária.

É verdade que o jogo aéreo é uma das grandes deficiências vascaínas na atual temporada, mas o Botafogo dispõe de jogadores que sabem fazer tabelas e arriscar de fora da área. Renatinho, Marcinho, Moisés e Valencia são alguns exemplos.

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