Cinco curiosidades sobre a Rússia, sede da Copa do Mundo

Cinco curiosidades sobre a Rússia, sede da Copa do Mundo
Cinco curiosidades sobre a Rússia, sede da Copa do Mundo. Foto reprodução

Noite às 14h

Pegar um trem às 14h quando já é noite? Isso é possível na Rússia, porque os horários de todas as estações seguem a hora de Moscou, ignorando os onze fusos horários que convivem no maior país do mundo, que se estende do mar Báltico ao Oceano Pacífico, por 17 milhões de km².

A etnia russa representa a maioria dos 146 milhões de habitantes e o cristianismo ortodoxo é a religião mais popular, mas o país é um dos mais multiculturais do mundo, com povos do Cáucaso de maioria muçulmana e povoados budistas na Sibéria, por exemplo.

Herdeiros dos czares

Na Praça Vermelha, ponto turístico mais visitado de Moscou, as igrejas da época dos czares dividem espaço com as estrelas vermelhas do Kremlin e com o mausoléu de Lênin, símbolos da herança muito diversa da Rússia atual.

A memória nacional, dura e trágica, segue sendo uma questão debatida na Rússia, onde as autoridades flutuam entre os valores conservadores e tradicionais herdados do Império Czarista e das mudanças sociais trazidas pela defunta União Soviética.

Fruto dessa dupla vertente histórica, o presidente Vladimir Putin comanda a Rússia há mais de 18 anos e seguirá no poder, com um mandato atual que dura até 2024.

Embargo alimentar

Na Rússia é impossível encontrar nos supermercados um patê francês ou um queijo cheddar britânico: desde agosto de 2014, o país instaurou um embargo sobre a maioria dos produtos alimentícios europeus, como resposta às sanções ocidentais das quais a Rússia é vítima.

Após sofrer com alguns problemas de fornecimento, as grandes distribuidoras russas buscaram novos parceiros e, principalmente, o país investiu em sua própria produção: na mesa dos restaurantes moscovitas, as ostras de Kamchatka (península no extremo oriente do país) substituíram as ostras francesas.

A qualidade dos alimentos sofreu em alguns casos e vários escândalos sanitários surgiram.

Hóquei é o esporte rei

O hóquei no gelo é o esporte rei na Rússia, onde os invernos, longos e congelantes, transformam os lagos em ringues de patinação. Além do poezda: A Copastur Prime te mostra as 5 viagens de trem mais incríveis do planeta Patrocinado 

As crianças crescem sonhando em se tornar estrelas desse esporte, como Ilya Kovalchuk e Pavel Datsyuk, ou o lendário atacante soviético Valeri Kharlamov.

Fã de hóquei, Vladimir Putin costuma participar todo ano de uma partida beneficente ao lado de estrelas da modalidade.

Nos Jogos Olímpicos de inverno de PyeongChang-2018, a seleção russa de hóquei no gelo conquistou o ouro pela primeira vez desde 1992, embora tenha competido sob bandeira olímpica devido à suspensão que pesa sobre o país por envolvimento em esquemas de doping.

Já a seleção russa de futebol vive momento de fraqueza. Sem estrelas, a anfitriã chega à sua Copa do Mundo com mais dúvidas do que motivos para confiança, depois de multiplicar exibições ruins nos últimos meses. Passar às oitavas de final seria um feito comemorado, num grupo em que os russos enfrentarão o Uruguai, de Luis Suárez e Edinson Cavani, o Egito, de Mohamed Salah, e o Arábia Saudita.

Internet controlada

Os turistas estrangeiros poderão se surpreender com o fato de não terem acesso na Rússia à plataforma de vídeos Dailymotion ou à rede social LinkedIn. Para os russos, os bloqueios arbitrários de sites a pedido da justiça se tornaram casos corriqueiros.

As autoridades reforçaram nos últimos anos a vigilância sobre a internet russa, apelando contra o extremismo e o terrorismo. A oposição, porém, garante que a estratégia é um meio de dominar o debate político e deixar sem voz os críticos.

A última grande vítima desta política na internet é o programa de mensagens Telegram, após a empresa se recusar a fornecer aos serviços de segurança mensagens enviadas pelos usuários.

(Por Thibault MARCHAND)

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