Cidades do Vale do Jequitinhonha formam o novo “Vale do Lítio”, em Minas Gerais

Cidades do Vale do Jequitinhonha formam o novo "Vale do Lítio", em Minas Gerais
Foto ilustrativa/Internet

O governo de Minas Gerais lançou, no mês de maio, a iniciativa Vale do Lítio (Lithium Valley Brazil), em Nova York, nos Estados Unidos. O projeto tem como objetivo desenvolver cidades das regiões Norte e Nordeste do estado no contexto da produção de lítio.

O lançamento foi feito na bolsa de valores Nasdaq. Em entrevista à CNN, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que a mineração vai gerar mais empregos e renda para a população.

Estamos divulgando com prioridade o Vale do Lítio, onde já temos algumas empresas operando e muitas outras já com projeto em andamento e esse metal é importantíssimo”, disse Zema.

O governador afirma que o estado oferece apoio à iniciativa, com o investimento em energia elétrica para a extração e beneficiamento de lítio. Segundo Zema, a maior parte das jazidas de lítio se encontra no Vale do Jequitinhonha, região menos favorecida do estado.

A criação de empregos e de oportunidade nessa região é mais importante ainda do que em qualquer outra localidade do estado. O estado está acompanhando essas empresas para que elas também não exportem simplesmente o minério. Queremos que o minério seja beneficiado, que aquilo que Minas venda tenha valor agregado. Já iniciamos contato inclusive com fabricantes de bateria, por que nosso marco, nosso objetivo de longo prazo, é que nós venhamos a vender a bateria e não só a matéria-prima da qual se fabrica a bateria”, destacou.

O Vale do Lítio é formado por 14 cidades: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no Nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no Norte mineiro.

O mineral é utilizado em diversas aplicações, sendo a mais comum a fabricação de baterias de longa duração, que equipam veículos elétricos e aparelhos eletroeletrônicos.

Fechamos aqui mais uma empresa que vai investir R$ 570 milhões, cuja unidade fabril começará a ser construída e deverá entrar em operação daqui a dois anos, lembrando que nós já temos uma empresa instalada que começa a produção agora, ainda nesse ano de 2023. E temos várias outras já fazendo prospecção no solo e é só questão de tempo para que elas apresentem o cronograma”, detalhou.

O Vale do Lítio é resultado de articulação com diversos órgãos governamentais estaduais e municipais para a formulação de políticas públicas, com foco na atração de empresas e investimentos, qualificação da mão de obra, incentivo à tecnologia e fornecimento da infraestrutura necessária para o crescimento da região.

Queremos que aquela região toda venha a ter uma série de empresas extraindo, beneficiando lítio e, além disso, essas empresas vão criar um arranjo produtivo local ou regional que vai atrair uma série de outras empresas que vão fornecer serviços de manutenção, fabricação de peças, já que a mineração causa uma grande movimentação econômica, não é só uma empresa que está ali. Você atrai uma série de outras atividades acessórias para poder prestar esses serviços”, avalia o governador.

Zema afirmou, ainda, que o governo de Minas fechou um acordo com a empresa Boston Metal, que utiliza como matéria-prima rejeitos em barragens.

Então, a partir do ano que vem, Minas Gerais estará produzindo metais a partir de rejeito e é uma nova frente que se abre. Vamos ter condição de extrair esses metais dessas barragens de rejeito nas próximas décadas”, disse.

A Boston Metal vai investir em Minas Gerais mais de R$ 500 milhões, gerando entre empregos diretos e indiretos, cerca de 1.000 empregos nessa primeira unidade”, afirmou Zema.

Fonte: CNN

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