Lembro sempre da chuva, quando conheci minha eterna namorada, a primeira música junto com o primeiro beijo foi: “Chove lá fora, e aqui tá tanto frio. Me dá vontade de saber Aonde está você?”. E a chuva ajudou porque estávamos nos conhecendo no bar Travessia (que não existe mais) naquela falta de intimidade inicial, com a chuva levantamos e ficamos na parte interna aguardando, neste momento dei o primeiro beijo. O segredo envolto nessa confissão deveria ser contado facilmente, mas é com emoção, como se revivesse este momento. As débeis palavras, que falharam trazer intimidade, precisou da força da natureza através da chuva para mostrar as sensações, as quais já tinham despertado me mim de amor.
As palavras são minúsculas quando tentamos nos expressar. “Eu te amo”. Por um instante, me pergunto como seriam as coisas se não existisse a chuva. “São coisas que acontecem”. Com certeza o motivo apareceria para ajudar o destino de viver trinta e dois anos de casado, com cinco de namoro. Como um livro que li “Os Sonhadores”, lembro da frase: “Este livro é um mapa, cada capítulo, uma viagem. As vezes, o caminho é escuro, às vezes nos leva à luz”. E aquela chuva foi o início de um capítulo, uma viagem, que me levou a luz de uma linda história de amor.