A CGU (Controladoria-Geral da União) multou a Precisa Medicamentos em mais de R$ 3,8 milhões por fraude no processo de venda da vacina Covaxin contra a Covid-19. A negociação foi anunciada pelo Ministério da Saúde em 2021, sob o governo Bolsonaro, e virou alvo da CPI da Covid no mesmo ano.
Segundo o portal UOL, a empresa foi condenada por fraudar uma licitação pública. A decisão publicada nesta segunda (15) no DOU (Diário Oficial da União) aponta que a Precisa apresentou documentos com montagens e traduções incorretas, além de uma procuração forjada. A empresa também declarou faturas com informações de cobrança diferentes da que haviam sido pactuadas com o governo brasileiro.
De acordo com o UOL, o valor da multa fixada pela CGU foi de R$ 3.879.251,35. A Precisa também foi sancionada a publicar o extrato de sua sentença em um jornal de grande circulação e em seu site oficial, ambos em até 75 dias. A empresa ainda foi declarada inidônea — ou seja, imprópria — para fechar contratos com a administração pública.
A Precisa não se manifestou, segundo o portal.
Relembre o caso
Em 2021, governo anunciou a compra de 20 milhões de doses da Covaxin. A vacina foi desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, que tinha a Precisa Medicamentos como representante no Brasil. A assinatura do contrato foi divulgada em fevereiro de 2021, e as vacinas custariam R$ 1,6 bilhão ao Ministério da Saúde, à época comandado pelo general Eduardo Pazuello.
Deputado denunciou suposto esquema de corrupção quatro meses depois. Luis Miranda, hoje ex-deputado federal, disse ter se encontrado com o então presidente Jair Bolsonaro e apresentado documentos que apontavam irregularidades nas negociações da Covaxin. A reunião aconteceu em março, mas as revelações de Miranda foram feitas a O Estado de S. Paulo em junho de 2021.
Fonte: Bahia.ba