Carnaval: 5 curiosidades sobre a história da festa

 

Carnaval: 5 curiosidades sobre a história da festa
Além do Brasil, outros 50 países celebram a data. Conheça as origens do Carnaval e entenda como ele ganhou o mundo. Foto: Galileu

Festejado mundialmente 47 dias antes da Páscoa, o Carnaval moderno é muito associado às religiões cristãs, por representar os últimos momentos que antecedem a Quaresma — período religioso de restrições alimentares e comportamentais que incluem não ingerir carne.

Mas suas origens (e desdobramentos) não têm relação com religião alguma. Atualmente, a festa é considerada secular e, além das capitais brasileiras mundialmente conhecidas pela folia, cidades como Nova Orleans (EUA), Veneza (Itália) e Santa Cruz de Tenerife (Espanha) também são famosas por seus carnavais.

1. Festival pagão
A origem do carnaval remonta ao Antigo Egito, quando festejos pagãos “expulsavam” o inverno e celebravam o início da primavera, com homenagem às divindades na expectativa de boas colheitas. Quando Alexandre, o Grande, conquistou o Egito, os gregos também adotaram o festival. Não demorou muito para que os romanos entrassem na folia, adaptando a festa para uma exaltação a Saturno, o deus da agricultura. Durante as festas, as escolas fechavam, os romanos dançavam livremente e os escravos eram soltos.

2. Carrum navalis ou carnem levare?
Nas comemorações romanas, havia algo parecido com os atuais carros alegóricos: com formato de navio, levavam homens e mulheres nus em desfiles pelas ruas, e eram chamados de carrum navalis (“carro naval”, em latim). Para alguns pesquisadores, vem daí a palavra carnaval.

A versão mais aceita para a origem do nome, porém, é que o termo viria da expressão carnem levare (em latim, significa algo como “ficar livre da carne”). É que, a partir da Idade Média, diversos festivais pagãos foram adotados pela Igreja Católica — no caso do carnaval, ele seria os últimos dias livres das restrições da Quaresma.

3. A influência da Igreja
Durante a Quaresma, 40 dias que antecedem a Páscoa, o consumo de carne, além de outros comportamentos considerados excessivos, é proibido. Trata-se de um período de penitência para os cristãos para lembrar os 40 dias que Jesus passou no deserto e os sofrimentos que suportou na cruz. Na Itália do século 18, porém, o efeito pré-Quaresma foi quase o oposto do desejado pela Igreja: para se preparar para o sacrifício, as pessoas organizavam banquetes e bailes repletos de exageros.

4. Da Igreja para o mundo
Com a expansão do Cristianismo, outras nações europeias adotaram a tradição. E, como as principais potências colonizadoras seguiam a religião, o carnaval foi exportado mundo afora — mas cada país acabou criando sua própria versão da folia.

5. Carnaval brasileiro
No Brasil, a festa chegou com os portugueses, e em seus primórdios não havia música nem dança. A tradição era a do entrudo, uma brincadeira que consistia em fazer zombarias públicas, principalmente molhando ou sujando quem passava pelas ruas (valia de lama a ovo).

A partir do século 19, houve uma intensa campanha contra o entrudo, mas o povo — e aí entram os cerca de 4 milhões de escravos africanos levados para o Brasil pelos portugueses — encontrou novas maneiras de se manifestar. Surgiram os cortejos, que misturavam a estética das procissões religiosas com ritmos populares, e as marchinhas de Carnaval, que evoluíram para a festa como conhecemos hoje.

Fonte: Galileu

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