Disponibilidade de abrigo, centro de distribuição de cestas básicas, donativos e alimentações diárias. Essas têm sido as primeiras estratégias adotadas pelo município de Caravelas, em parceria com o Governo da Bahia, para socorrer as famílias atingidas pelas fortes chuvas que caíram nos últimos dias.
O primeiro abrigo já está em funcionamento na Escola Municipal Omar Cajá, em Juerana, um dos distritos mais atingidos pelo avanço rápido das águas das chuvas.
O local está sendo utilizado como ponto de armazenamento e distribuição de cestas básicas, de doações (colchões, cobertores, roupas e outros utensílios necessários ao socorro imediato das famílias), além do fornecimento de alimentações diárias (café da manhã, almoço e jantar).
Segundo o prefeito de Caravelas, Silvio Ramalho, “essas ações [de socorro às famílias caravelenses] devem se estender, ao menos, até o período da virada de ano, já que a previsão é de muito mais chuva nos próximos dias”, destacou.
OUTROS PONTOS ATINGIDOS – Equipes empregadas no trabalho de logística e de socorro (com representantes da Defesa Civil, das secretarias municipais e do Corpo de Bombeiros Militar e da SUDEC – Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia) seguem monitorando vários pontos do município para identificar as ações necessárias nesse tempo de urgência e calamidade.
Além de Juerana, outros distritos (Ponta de Areia, Barra de Caravelas, Nova Tribuna e Rancho Alegre) e os bairros de Caravelas (Damor Alcântara, São Judas Tadeu I e II) estão entre os pontos críticos, com alagamento em ruas e casas.
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos está com máquinas pesadas no trabalho de abertura de valas para o escoamento e caminhões pipas retirando a água das casas inundadas pela chuva.
FORTES CHUVAS – Segundo dados do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), o volume de chuvas no período de 01/12/2022 à 24/12/2022 foi de 271,5 milímetros de chuva. No mês de novembro, a quantidade de chuva foi ainda maior, com 483,31 milímetros de água no solo.
Nesses dois meses choveu o total de 754,81 milímetros, maior que a média prevista para todo o ano. Consequência disso é o encharcamento do solo, desencadeando deslizamentos de terra, destruição de pontes e danos às estradas e rodovias, além do surgimento de alagamentos em vários pontos do município.