CAR ajuda a levar água potável de qualidade para 60 mil famílias no Semiárido baiano

CAR ajuda a levar água potável de qualidade para 60 mil famílias no Semiárido baiano
CAR ajuda a levar água potável de qualidade para 60 mil famílias no Semiárido baiano. Foto: Ascom

Fazer a melhor gestão possível e garantir água de boa qualidade para as comunidades rurais do estado da Bahia. Esse tem sido o desafio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vincula à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com o monitoramento de 295 sistemas do Programa Água Doce (PAD), instalados em 55 municípios baianos. A iniciativa assegura água potável para mais de 60 mil famílias do Semiárido.

O Programa Água Doce é coordenado na Bahia pela Secretaria de Meio Ambiente (SEMA), e executado em parceria com a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (CERB) e tem a atuação da CAR desde 2018, quando a Companhia foi contratada para fazer a manutenção dos sistemas de dessalinização de água implantados pelo programa.

“A CAR desenvolve ações que propiciam o tratamento da água de poços salinos, transformando, após a dessalinização, em uma água de qualidade. São pequenos reparos, consertos, troca de bomba, orientação, capacitação técnica, tudo para que possamos deixar o sistema vivo e funcionando”, explica o coordenador técnico do PAD pela CAR, Abimael Passos.

A dessalinização

O processo de dessalinização dos poços artesianos acontece por meio da osmose reversa, que é quando a água chega com um alto teor de sal e vai passando por membranas que filtram a maior quantidade de vírus, bactérias e reduzem a quantidade de sal, tornando a água totalmente potável e com níveis de sais adequados para consumo.

Seu Delfino Maia de Matos, da comunidade Mandassaia 2, em Riachão do Jacuípe, conta como o sistema mudou a vida da população local: ”É uma água muito importante para nossa comunidade. Depois que nós recebemos esse projeto, até a vida das nossas crianças melhorou sobre o problema de verme que a gente tinha aqui porque é uma água muito boa. Eu mesmo não troco pela água mineral”.

As visitas

Para fortalecer o processo de gestão, que é feito de forma compartilhada com a comunidade, a CAR contratou três equipes especializadas, compostas por técnicos de dessalinização, para verificação dos equipamentos, e assistentes sociais, que auxiliam na gestão junto ao Grupo Gestor de cada localidade.

“O nosso trabalho consiste em realizar uma visita a cada trimestre nas comunidades, quando nós orientamos no sentido da organização social, mediando conflitos, e no sentido do consumo da água dessalinizada e a limpeza dos reservatórios, garantindo a sustentabilidade do sistema através das orientações”, comenta a assistente social da CAR no projeto, Raíra Ribeiro.

Roquelina Araújo, da Associação das Mulheres Pintando a Esperança de Bonsucesso, fala sobre o valor dessas visitas para o Grupo Gestor: “Um dos grandes suportes para nós são as visitas do pessoal da CAR. As meninas ajudam bastante, não só na questão técnica, mas também na questão de cuidar e organizar. É um suporte muito bom”.

Investimentos

Segundo a coordenadora do PAD na Bahia, Luciana Santa Rita, já foram investidos mais de R$ 65 milhões no programa: “É uma tecnologia interessantíssima já adotada em vários lugares do mundo. A expectativa agora do plano estadual para os próximos 10 anos é aumentar para mais 400 equipamentos e qualificá-los com tecnologias aplicadas como o uso de energia solar e a utilização em sistemas produtivos”.

O diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, expõe os planos para que esses sistemas, além de levar água pura para a população, possam gerar renda com a criação de pequenas usinas de beneficiamento de água dessalinizada.

“Nós agora vamos conhecer a experiência do Ceará, que faz aproveitamento da água que foi dessalinizada para comercialização nos municípios. Queremos implantar essas usinas que vão, localmente, engarrafar essas águas sejam em vasilhames de 20 litros, garrafinhas ou até copos para que as associações que fazem a gestão dos empreendimentos de água doce possam comercializar esses produtos nos municípios. Será uma nova fonte de renda importante para essas organizações”, finalizou.

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